Foto: Flickr

Dar um mergulho no Sena num dia quente de verão tem sido o sonho de muitos parisienses desde que nadar no rio foi formalmente proibido há um século. Poderá em breve tornar-se realidade graças aos Jogos Olímpicos (JO) de Paris.

O Sena será a estrela da cerimónia de abertura dos JO, dia 26 de julho, e receberá o triatlo e a maratona de natação. Se tudo correr bem, no próximo verão locais e turistas também poderão experimentar aquelas águas.

Tal como Zurique e Munique antes, Paris tem vindo a recuperar o seu rio com uma das três novas “praias” urbanas a abrir sob as janelas da sua histórica Câmara Municipal, em 2025. E outra quase aos pés da Torre Eiffel.

Trinta praias estão também planeadas para os subúrbios de Paris ao longo do Marne, que desagua no Sena, a leste da capital francesa.

O ex-presidente francês Jacques Chirac apresentou pela primeira vez a ideia de nadar no Sena em 1990. Mas foi a atual presidente da autarquia parisiense, Anne Hidalgo, quem levou avante a ideia, tornando-a um pilar da candidatura olímpica em 2016.

Cerca de 1,4 mil milhões de euros foram desde então gastos em obras públicas para combater a poluição do rio. O único grande problema continuam a ser as flutuações por vezes acentuadas na qualidade da água após a ocorrência de tempestades.

Os desastrosos eventos-teste olímpicos em agosto passado levantaram dúvidas sobre se os triatletas e nadadores de maratona poderão lá competir.

A pressão para tornar o Sena navegável para os Jogos Olímpicos acelerou um plano do Governo francês para limitar a entrada de águas residuais e esgotos.

As melhorias fizeram-se notar com o aumento dos níveis de oxigenação.

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