As autoridades norte-americanas querem proibir o uso de computadores portáteis na cabine do avião em todos os voos para os Estados Unidos (EUA), considerando que está em causa uma “ameaça real”, segundo o ministro da Segurança Interna, John Kelly.
“Há uma ameaça real. É realmente uma obsessão dos terroristas: abater um avião em voo, em particular, um avião norte-americano, repleto de americanos a bordo”, disse John Kelly na cadeia televisiva Fox News.
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Em 21 de março, as autoridades americanas tinham proibido os passageiros provenientes de dez aeroportos de oito países árabes (incluindo a Turquia) de usarem computadores portáteis, ‘tablets’ e outros dispositivos eletrónicos de tamanho superior aos telemóveis na cabine dos aviões.
Na altura, foi dito que estas restrições poderiam ser estendidas para outras regiões, incluindo para os voos com origem na Europa, até porque os EUA têm relatórios dos serviços de inteligência que indicam que um computador portátil pode ser usado para acionar uma bomba a bordo de um avião.
Especialistas dos EUA e da Comissão Europeia têm mantido inúmeros contactos para discutir as condições desta possível proibição. A entrada em vigor da proibição de uso de computadores portáteis nos voos para os EUA pode trazer problemas para os aeroportos europeus, que têm mais de 3.250 voos semanais previstos neste verão entre os países da União Europeia e os EUA.
Os oito países cujos aeroportos estão atualmente abrangidos pela proibição de uso de aparelhos eletrónicos em voos para os EUA são a Turquia, Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Kuwait, Qatar, Emirados Árabes Unidos e Marrocos.
Também em março, seguindo o exemplo de Washington, o Reino Unido também tomou uma medida semelhante limitada a seis países: Turquia, Líbano, Jordânia, Egito, Tunísia e Arábia Saudita.
Lusa