1. Golfinhos e tubarões-baleia
Em Santa Helena, é possível fazer uma viagem de barco para conhecer a vida marinha do local, ao mesmo tempo que se avistam inúmeras espécies de pássaros. Os golfinhos são às centenas, e saltam e nadam mesmo junto às embarcações. Entre os meses de dezembro e maio, Santa Helena é visitada por tubarões-baleia - entre 30 a 40 de cada vez. Pensa-se que acasalam e dão à luz perto da ilha.
2. Comida típica em casa de um desconhecido
Santa Helena não quer estar na moda, nem atualizar-se - pelo menos, no que toca à comida, que continua a ser feita como no passado. O fenómeno de «jantar em casa de alguém» mantém-se há anos. E as melhores refeições que poderá encontrar no local são essas mesmas, as cozinhadas por um simples morador. Basta perguntar aos habitantes locais onde comer e eles indicar-lhe-ão a que casas deve ir. Um dos sítios mais conhecidos e visitados por turistas é o Farm Lodge (que apresenta uma refeição de cinco pratos, servida no meio a antiguidades, e que é conhecido por ter a melhor comida da ilha), a Wellington House (a refeição é servida numa grande sala de jantar antiga que faz parte do Bed & Breakfast de Ivy Robinson) e Harris 'Guest House.
3. Exercício ao ar livre
Claro que, em Santa Helena, não há ginásios. Em vez disso, há 122 quilómetros quadrados de campo para explorar e fazer exercício: no melhor, em áreas montanhosas; no pior, em zonas ligeiramente montanhosas. A ilha tem 21 «Post Box Walks» oficiais. No fim de cada trilho, há um marco do correio, onde os turistas podem escrever um comentário sobre a caminhada e retirar um selo, que serve de recordação. Cada passeio tem uma classificação feita pelo pelo SHNCG ( St Helena Nature Conservation Group), que vai de fácil a difícil, e que o levará desde o ponto mais alto de Santa Helena até às regiões costeiras mais baixas. É aconselhável caminhar sempre com um guia.
4. Cozinhar bolinhos de peixe
Plo - um risotto típico de Santa Helena, feito com caril e legumes - e os bolinhos de peixe são dois dos pratos mais cozinhados e apreciados em Santa Helena, fazendo parte das refeições diárias dos seus habitantes. Para aprender a fazer os melhores bolinhos de peixe, poderá optar por ter uma aula de culinária, com direito a copo de vinho no ínicio e tudo. Por exemplo, Derek e Linda Richards mostram aos turistas como cozinhar os melhores bolos de peixe. A sua aula é feita em casa, a que chamam "restaurante doméstico" por receber diariamente várias pessoas para provar os seus petiscos. Depois de provar o vinho, eles mostram-lhe como cortar o atum fresco do Atlântico sul, ajudam-no a misturar os outros ingredientes e a fritar. Mas a melhor parte é comê-los no fim. Aos bolos de peixe, juntam-se pratos que o casal prepara mais cedo. O que sobra é vendido no Sandwich Bar no dia seguinte.
» islandimages.co.sh
5. Napoleão Bonaparte
É possível que nada saiba sobre a vida de Napoleão Bonaparte - além de que foi um imperador francês e uma personagem importante na Revolução Francesa - antes de chegar a Santa Helena. Mas acredite que são muitos os que ficam fascinados com o homem por trás da lenda. Santa Helena foi a casa de Napoleão durante o seu exílio e onde acabou por morrer. Existem três locais napoleónicos oficiais na ilha, todos propriedade do governo francês: o Pavilhão Briars, logo acima da capital Jamestown, onde ficou quando chegou pela primeira vez a Santa Helena (apenas um quarto está aberto ao público); Longwood House, onde viveu durante o exílio; e o seu túmulo (agora vazio, já que os franceses repatriaram o seu corpo). A biblioteca de Jamestown (a mais antiga do hemisfério sul) tem centenas de livros sobre Napoleão.
6. Café e bebidas alcoólicas
Santa Helena tem a plantação de café e a destilaria mais remotas do mundo. São ambas tentadoras e fascinantes. Na destilaria de Santa Helena, o britânico Paul Hickling faz gin, rum, licor de café, brandy de frutas locais, bem como tungi - uma aguaardente feita de uma pêra chamada de tungi. É o único lugar em Santa Helena que aceita cartões multibanco ou de crédito. Está aberta todos os dias, mas é preciso marcar a visita. Bill e Jill Bolton, também ingleses que dividem o seu tempo entre Santa Helena e o Reino Unido, dirigem a plantação de café de Santa Helena, no Rosemary Gate. O café da ilha é especial - os grãos arábica foram para ali levados do Iémen em 1732 e, graças à localização da ilha, permaneceram praticamente inalterados até hoje. Se quiser visitar a plantação, é preciso marcar. No entanto, poderá provar o café na Coffe Shop, em Jamestown, aberta de quarta a sábado.
7. Roadtrip
Santa Helena pode ser uma ilha pequena, mas tem muitas estradas para percorrer. Isso poderá não ser necessariamente bom - há muitas curvas e ravina. Mas também há muitos carros para alugar e o segredo é ser cuidadoso. Se não quiser arriscar uma viagem sozinho, poderá sempre fazê-lo com um guia, que o levará a lugares que apenas os habitantes locais conhecem e que valem a pena uma visita.
8. Uma tartaruga com 185 anos
Jonathan, uma tartaruga que se estima ter cerca de 185 anos, é o residente mais antigo de Santa Helena. Vive na Plantation House, que pertence ao governador da ilha. Ele partilha o local com três amigos: Emma, David e Frederic - ou Frederica. As visitas à mansão acontecem às terças-feiras, às 11 horas, e terminam no jardim onde vivem as tartarugas.
9. Os habitantes locais
Os habitantes locais são muito amigáveis e são eles que dão os melhores conselhos de viagem. Cumprimentam os turistas na rua, mas não irão tratá-lo como um «poço de dinheiro». A língua falada é o inglês, o que torna a comunicação mais fácil.
O paraíso desconhecido de Santa Helena já não é uma das ilhas mais remotas do mundo – ou pelo menos, está a fazer esforços para deixar de o ser.
Santa Helena faz parte do território britânico ultramarino e situa-se quase a meio do Atlântico Sul, mais próxima de África do que da América do Sul. Até outubro, apenas era possível viajar para a ilha no navio da Royal Mail (RMSSt Helena) – a viagem a partir da Cidade do Cabo, na África do Sul, custava cerca de 4600 euros e demorava seis dias. Mas a 14 de outubro, cinco anos mais tarde do que o planeado, o «aeroporto mais supérfluo do mundo» recebeu o seu primeiro voo comercial.
No dia em que o avião aterrou, foi inaugurado o primeiro hotel de luxo, o Mantis St. Helena, localizado na capital, Jamestown. Tem trinta quartos e o selo de garantia de um grupo com empreendimentos de qualidade em vários países.
Santa Helena abriu, assim, as suas portas ao mundo – e há muito para descobrir neste pequeno paraíso insular. Conheça as razões para visitar Santa Helena, na fotogaleria acima.
» Os voos para Santa Helena partem de Joanesburgo ou da Cidade do Cabo, na África do Sul. É possível voar pela TAP até ao aeroporto de Munique, na Alemanha, e apanhar um voo direto para Joanesburgo, através da South African Airways – a partir de 400 euros (ida). A Emirates tem voos para a Cidade do Cabo, com escala no Dubai, desde 480 euros (ida). A SA Airlink voa semanalmente (ao sábado) para Santa Helena a partir de 900 euros (de Joanesburgo) e 950 euros (da Cidade do Cabo).
Santa Helena faz parte das escolhas de destinos da Volta ao Mundo para ir em 2018. Conheça os restantes destinos na edição de janeiro da Volta ao Mundo, que já está nas bancas.