A história é antiga, remonta ao século X e ao Império Bizantino. Veja as imagens na fotogaleria acima.

A lenda, essa perde-se no tempo: por força de uma tempestade, calhou a Virgem Maria a desaguar nesta península. E de tal forma se encantou pelo sítio que o pediu a Deus, e este fez-lhe o jeito. Um detalhe importante, se notarmos que nesta comunidade monástica é proibida a entrada a mulheres (e a animais fêmea). O preceito é explicado pelo celibato, comum a tantos outros mosteiros. Este será só, porventura, o maior do mundo.

O Monte Athos é um dos principais centros da fé ortodoxa. Corresponde a um território semiautónomo de 355 quilómetros quadrados, habitado por 1500 monges, dispersos por vinte mosteiros. Vinte imponentes mosteiros, dependurados de penhascos, fortificados para acautelar ataques de piratas. Athos tem também uma capital, Kayres, onde está sediado o parlamento mais antigo em funções no mundo, cuja soberania é reconhecida pela Grécia.

Para entrar no monte sagrado, não basta ser do sexo masculino. Rapazes imberbes, só com os pais. Isto se conseguirem um dos dez vistos diários concedidos a não ortodoxos. Se vale a eventual espera, cada um saberá de si, mas não é todos os dias que se viaja no tempo: aqui vigora o calendário juliano, portanto Athos está sempre 13 dias atrás do resto do mundo. Para não falar nos proverbiais séculos, no sentido figurado.

Monte Athos
40°15’26” N – 24°14’44” E

Texto de João Mestre – Fotografias Direitos Reservados

Esta ilha na Europa é só para mulheres: os homens não são bem-vindos


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