As últimas semanas têm sido intensas devido à proliferação de casos de coronavírus, com um natural decréscimo da apetência por viajar. É curioso que, quando se começou a falar desta família viral, tínhamos nas bancas a Volta ao Mundo com Tóquio em destaque. Já no ano passado, quando o grupo islâmico National Thowheeth Jama’ath (NTJ) fez um ataque terrorista no Sri Lanka e matou perto de 300 pessoas, adivinhem qual era o destino que estava na nossa capa? Pois bem, o Sri Lanka, que curiosamente nesse mesmo mês tinha sido eleito pela Lonely Planet como o melhor destino para viajar. Na redação da VM até já ironizamos com estas infelizes coincidências.

Também temos vindo a falar de como e se esta enorme incerteza à volta do coronavírus poderá afetar as vendas em banca da revista. E a resposta – que foi consensual – é: pouco ou nada. Ninguém duvida de que os leitores da VM procuram a revista para, perdoem-me o exemplo, mergulhar num destino, numa cultura, nos costumes, no coração das pessoas e dos seus costumes. Ou seja, os leitores escolhem a VM pelas histórias únicas e cem por cento reais. Por outras palavras, achamos que serão poucos os leitores que compram a revista para viajar a curto prazo e muitos os que a colecionam, independentemente do que se possa passar no mundo.

Capa da edição de março de 2020 da revista Volta ao Mundo.

Conhecem a credibilidade das peças que leem na VM e reconhecem que, mais do que as fotos fantásticas que qualquer um pode tirar com o telemóvel e abrilhantar com um filtro fantástico, o que conta é a melhor informação e a sua autenticidade. É o beber um café com a tia Maria em São Tomé, é atravessar o rio Kwai no «comboio da morte»; é subir a pé os 704 degraus da Torre Eiffel… É fazer tudo para que todos os meses os leitores sintam que têm em mãos autênticas revistas de coleção ou, se quisermos, autênticos guias para viajar. Lembrem-se: só vos recomendamos o que vale a pena conhecer. E, acreditem, é fantástico andarmos sempre por lugares diferentes para que depois, você, caro leitor, possa fazer a viagem da sua vida.

Como nos deixou escrito Jawaharlal Nehru, primeiro-ministro após a proclamação da independência da Índia, «vivemos num mundo tão maravilhoso e de tamanha beleza e encanto que não há um fim possível para todas as aventuras que podemos ter se as procurarmos, isso sim, com os olhos bem abertos».

E despeço-me neste mês com alguns destaques desta edição: o inesperado, mas apetecível, Malawi, pela lente de Artur Cabral; o contínuo paraíso com nome de Fernando de Noronha; os 12 parques naturais na Europa para viajar em família; e uma escapadela a Wiesbaden, na Alemanha, considerada um oásis de bem-estar. Boas viagens!

Percorra a fotogaleria acima para conhecer alguns dos destaques desta edição.

Partilhar