Da Irlanda à Lituânia, passando pela Croácia, Hungria e Países Baixos. Uma pequena volta à Europa à boleia de opções Erasmus no Velho Continente. Ficam as dicas para uma aventura bonita que promete emoções fortes.
IRLANDA
Dublin, a capital da Irlanda, é dos múltiplos destinos possíveis para estudantes que tenham como propósito estudar em regime de Erasmus naquela que é conhecida como a ilha verde. Ali, em Dublin, é possível uma experiência diferente numa cidade diferente, com o rio Liffey como testemunha e monumentos históricos enquanto companhia constante.
O castelo é das atrações principais. Datado do século XVIII, já teve funções e destinos vários, até se tornar atração turística e sede de inúmeras conferências nacionais e internacionais. Ir a Dublin e não beber uma Guinness é praticamente pecado, visitar a fábrica onde se produz a famosa cerveja preta, também.
Cork, no sudoeste da ilha, é mais pacata mas igualmente apelativa e importante centro universitário. De lá é possível apanhar um comboio até ao Castelo de Blarney, passeio obrigatório para quem gosta de se surpreender com paisagens naturais raras de encantamento e fascínio. Ou simplesmente passear a pé pelas típicas ruas da cidade, individualmente ou com a sábia companhia dos muitos guias especializados por lá espalhados que ajudam a descobrir o que está escondido a olho estranho.
Galway, por sua vez, também ela pequena, nem chegam a 100 mil os habitantes locais, deslumbra quem a calcorreia por se tratar de uma cidade portuária que casa em comunhão perfeita o mar do oceano Atlântico com as águas doces do rio Corrib. E que, tal como no resto da Irlanda, tem nos pubs pontos de encontro para todos. Sempre com muita cerveja à disposição…
GUIA DA VIAGEM
Moeda: Euro
Preço médio de um passe de transportes públicos: 109 euros
Preço médio de um quarto para alojamento: 1340 euros
Preço médio de uma refeição em restaurante: 40 euros
PAÍSES BAIXOS
Eis o país das tulipas, dos diques, da terra conquistada ao mar, das bicicletas, dos moinhos. E das universidades de renome onde é possível ter um contexto de estudo único e intransmissível. Groningen é um bom exemplo disso. Capital da província homónima, tem 230 mil habitantes, boa parte deles, 25% do total, alunos do Ensino Superior. É há anos destino habitual de estudantes portugueses, como foi o caso do ministro da Educação, João Costa, cuja experiência que lá viveu há exatamente 30 anos pode ser lida em exclusivo mais à frente nestas páginas. Groningen guarda em si cultura, com o futurista museu local como exemplo maior, espaços culturais, como a Martini Plaza, a grande sala de concertos da cidade, e vida noturna, que tem em Grote Markt, em Vismarkt, em Poelestraat e em Peperstraat pontos centrais de uma cena non-stop de animação e diversão de segunda-feira a domingo, com bares de porta aberta até altas horas da madrugada.
Se a opção for Amesterdão, a diversão também tem lugar garantido, com inúmeros spots onde é possível encontrar locais para beber um copo ou, simplesmente, conversar com toda a tranquilidade. Uma visita à Casa de Anne Frank ajuda a perceber o que passaram os judeus da cidade durante a II Guerra Mundial. E um passeio pelos canais a compreender as raízes de outro dos pontos essenciais da comunidade universitária nos Países Baixos.
Em Roterdão, no encontro entre o mar e o rio Nieuwe, é possível ver de perto tesouros arquitetónicos preciosos – não é por acaso que a cidade é considerada Capital da Arquitetura – de que as Casas Cubo são representante maior. Uma visita ao enorme porto também é aconselhável, assim como ao Market Hall, curiosa infraestrutura que junta em si um mercado e casas de habitação em completa harmonia.
GUIA DE VIAGEM
Moeda: Euro
Preço médio de um passe de transportes públicos: 86 euros
Preço médio de um quarto para alojamento: 1000 euros
Preço médio de uma refeição em restaurante: 40 euros
LITUÂNIA
A Lituânia é um dos três países bálticos, a par da Letónia, com quem faz fronteira a norte, e a Estónia. Apesar de ter conquistado a independência há pouco mais do que três décadas, faz parte da União Europeia e assentou na educação e no ensino universitário as bases para a construção e formação das gerações futuras. Vilnius, a capital, tem na sua universidade motivo de orgulho.
Com cerca de 20 mil estudantes, foi fundada em 1570 e é a mais antiga do norte da Europa. O seu campus ocupa 13 edifícios, por entre os quais é possível encontrar espaços de referência como o Jardim Botânico, o Planetário ou o Centro de Ciências da Vida. Possui acordos com congéneres de 41 países, dos quais grande parte são projetos comuns inseridos nos programas Erasmus+. Também a não perder, embora fora do perímetro universitário, é o Centro Histórico de Vilnius, classificado como Património Mundial da UNESCO.
Morar temporariamente enquanto se estuda na capital lituana tem um custo médio aproximado de 420 euros, seja para arrendar um quarto simples ou um apartamento para partilhar com colegas.
Kaunas e Klaipeda são outras das cidades universitárias de relevo na Lituânia. Na primeira, a Avenida Laisvés merece passeio sem tempo, sobretudo no inverno, assim como
o Museu de História Natural e o Museu do Diabo. Sim, do Diabo, com mais de duas mil imagens referentes a diabos das mais variadas geografias.
Em Klaipeda, outro museu, o do Mar, não fosse a cidade a única portuária da Lituânia, é de deslocação atenta, tal como a Casa de Âmbar e o Parque Nacional Kuršių Nerija.
GUIA DE VIAGEM
Moeda: Euro
Preço médio de um passe de transportes públicos: 29 euros
Preço médio de um quarto para alojamento: 400 euros
Preço médio de uma refeição em restaurante: 10 euros
CROÁCIA
A Croácia é mar, são cidades históricas, são ilhas de perder a conta, é praia, é sol, é gastronomia, é vinho, é um infinito de descobertas passíveis de surpreender mesmo quem se julgue imune a surpresas. Comecemos por Zagreb, a capital e sede da mais prestigiada instituição universitária do país. E pela Trg Ban Jelačić, praça principal que aglutina em si estilos variados de arquitetura, sinais de um passado que ali deixou História e influências.
Daí até à imponente catedral é um pulo, com o colorido mercado ao ar livre pelo meio a tentar visita interessante. E até à Tkalčićeva Ulica a distância é, igualmente, escassa. O que é a Tkalčićeva Ulica? Nada mais, nada menos do que a zona de excelência de bares, restaurantes e de animação de Zagreb. Depois de uma pausa, uma ida até à Praça de São Marcos, onde se impõe a igreja homónima, é uma ideia a ter em conta.
Descendo da capital até ao extremo sul do país, encontra-se Dubrovnik, cidade antiga em cujas muralhas se gravaram cenas icónicas da série “Guerra dos Tronos” e onde é fácil qualquer um perder-se em ruas labirínticas de pedra antiga até desembocar na sempre refrescante marina. Fora das muralhas, há areais a perder de vista, muito procurados por turistas.
Quem estudar na Croácia pode, igualmente, pensar num salto, breve ou não, aos países fronteiriços. Há muito o que explorar na Bósnia e Herzegovina, na Sérvia, no Montenegro, na Eslovénia e na Hungria. Com preços que não fazem grande mossa ao orçamento e transporte fácil, seja de autocarro ou de comboio.
GUIA DE VIAGEM
Moeda: Euro
Preço médio de um passe de transportes públicos: 45 euros
Preço médio de um quarto para alojamento: 300 euros
Preço médio de uma refeição em restaurante: 8 euros
HUNGRIA
A Hungria tem vários atrativos e Budapeste, a maior cidade e capital deste país sem mar, é um dos destinos Erasmus mais procurados da parte central e oriental da Europa. O custo de vida, mais baixo do que na generalidade das capitais do Velho Continente, é um dos fatores que ajuda a captar estudantes
a uma urbe que o rio Danúbio divide em duas, Buda e Peste. Abundam em ambos as áreas residenciais especialmente destinadas a estudantes e os pontos de vida de noturna são também frequentes e fáceis de encontrar no coração em que palpita o sentir da vida húngara e dos húngaros.
A Universidade Eötvös Loránd é a mais conceituada de Budapeste e também a mais procurada por alunos internacionais. Quem lá estuda tem acesso a uma paleta de escolhas que fazem de Budapeste uma das cidades mais ricas da Europa no que diz respeito a património cultural e histórico. E as tradições antigas que a fazem especial, como os banhos públicos termais – há cerca de uma dezena espalhados pela cidade. Um passeio de funicular até alcançar a Colina do Castelo é percurso a não perder.
Debrecen é outra das cidades da Hungria onde a comunidade universitária tem peso relevante. Começar a conhecê-la através de uma visita atenta à Estação Central é possibilidade a ponderar. Prosseguir pela Catedral de Santa Ana, depois pela Praça Kalvin Tér, terminando no Parque Hortobagy é continuação de um roteiro que garante deslumbre seguro.
GUIA DE VIAGEM
Moeda: Florim (1 euro: 371 florins)
Preço médio de um passe de transportes públicos: 25 euros
Preço médio de um quarto para alojamento: 389 euros
Preço médio de uma refeição em restaurante: 13 euros
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