Foto: Flickr

Da Irlanda à Lituânia, passando pela Croácia, Hungria e Países Baixos. Uma pequena volta à Europa à boleia de opções Erasmus no Velho Continente. Ficam as dicas para uma aventura bonita que promete emoções fortes.

IRLANDA

Galway é uma cidade portuária que acolhe bem quem a recebe (Foto: Ivete Carneiro/Volta ao Mundo)

Dublin, a capital da Irlanda, é dos múltiplos destinos possíveis para estudantes que tenham como propósito estudar em regime de Erasmus naquela que é conhecida como a ilha verde. Ali, em Dublin, é possível uma experiência diferente numa cidade diferente, com o rio Liffey como testemunha e monumentos históricos enquanto companhia constante.
O castelo é das atrações principais. Datado do século XVIII, já teve funções e destinos vários, até se tornar atração turística e sede de inúmeras conferências nacionais e internacionais. Ir a Dublin e não beber uma Guinness é praticamente pecado, visitar a fábrica onde se produz a famosa cerveja preta, também.

Temple Bar é de paragem obrigatória em Dublin (Foto: Ivete Carneiro/Volta ao Mundo)

Cork, no sudoeste da ilha, é mais pacata mas igualmente apelativa e importante centro universitário. De lá é possível apanhar um comboio até ao Castelo de Blarney, passeio obrigatório para quem gosta de se surpreender com paisagens naturais raras de encantamento e fascínio. Ou simplesmente passear a pé pelas típicas ruas da cidade, individualmente ou com a sábia companhia dos muitos guias especializados por lá espalhados que ajudam a descobrir o que está escondido a olho estranho.
Galway, por sua vez, também ela pequena, nem chegam a 100 mil os habitantes locais, deslumbra quem a calcorreia por se tratar de uma cidade portuária que casa em comunhão perfeita o mar do oceano Atlântico com as águas doces do rio Corrib. E que, tal como no resto da Irlanda, tem nos pubs pontos de encontro para todos. Sempre com muita cerveja à disposição…

GUIA DA VIAGEM
Moeda: Euro
Preço médio de um passe de transportes públicos: 109 euros
Preço médio de um quarto para alojamento: 1340 euros
Preço médio de uma refeição em restaurante: 40 euros

PAÍSES BAIXOS

Groningen tem 230 mil habitantes, 25% deles estudantes (Foto: Flickr)

Eis o país das tulipas, dos diques, da terra conquistada ao mar, das bicicletas, dos moinhos. E das universidades de renome onde é possível ter um contexto de estudo único e intransmissível. Groningen é um bom exemplo disso. Capital da província homónima, tem 230 mil habitantes, boa parte deles, 25% do total, alunos do Ensino Superior. É há anos destino habitual de estudantes portugueses, como foi o caso do ministro da Educação, João Costa, cuja experiência que lá viveu há exatamente 30 anos pode ser lida em exclusivo mais à frente nestas páginas. Groningen guarda em si cultura, com o futurista museu local como exemplo maior, espaços culturais, como a Martini Plaza, a grande sala de concertos da cidade, e vida noturna, que tem em Grote Markt, em Vismarkt, em Poelestraat e em Peperstraat pontos centrais de uma cena non-stop de animação e diversão de segunda-feira a domingo, com bares de porta aberta até altas horas da madrugada.

O Market Hall é uma das atrações de Roterdão (Foto: Wikimedia)

Se a opção for Amesterdão, a diversão também tem lugar garantido, com inúmeros spots onde é possível encontrar locais para beber um copo ou, simplesmente, conversar com toda a tranquilidade. Uma visita à Casa de Anne Frank ajuda a perceber o que passaram os judeus da cidade durante a II Guerra Mundial. E um passeio pelos canais a compreender as raízes de outro dos pontos essenciais da comunidade universitária nos Países Baixos.
Em Roterdão, no encontro entre o mar e o rio Nieuwe, é possível ver de perto tesouros arquitetónicos preciosos – não é por acaso que a cidade é considerada Capital da Arquitetura – de que as Casas Cubo são representante maior. Uma visita ao enorme porto também é aconselhável, assim como ao Market Hall, curiosa infraestrutura que junta em si um mercado e casas de habitação em completa harmonia.

GUIA DE VIAGEM
Moeda: Euro
Preço médio de um passe de transportes públicos: 86 euros
Preço médio de um quarto para alojamento: 1000 euros
Preço médio de uma refeição em restaurante: 40 euros

LITUÂNIA

Vilnius, capital da Lituânia, é um tesouro com muito a explorar (Foto: Flickr)

A Lituânia é um dos três países bálticos, a par da Letónia, com quem faz fronteira a norte, e a Estónia. Apesar de ter conquistado a independência há pouco mais do que três décadas, faz parte da União Europeia e assentou na educação e no ensino universitário as bases para a construção e formação das gerações futuras. Vilnius, a capital, tem na sua universidade motivo de orgulho.
Com cerca de 20 mil estudantes, foi fundada em 1570 e é a mais antiga do norte da Europa. O seu campus ocupa 13 edifícios, por entre os quais é possível encontrar espaços de referência como o Jardim Botânico, o Planetário ou o Centro de Ciências da Vida. Possui acordos com congéneres de 41 países, dos quais grande parte são projetos comuns inseridos nos programas Erasmus+. Também a não perder, embora fora do perímetro universitário, é o Centro Histórico de Vilnius, classificado como Património Mundial da UNESCO.

Klaipeda é das cidades universitárias lituanas de relevo (Foto: Flickr)

Morar temporariamente enquanto se estuda na capital lituana tem um custo médio aproximado de 420 euros, seja para arrendar um quarto simples ou um apartamento para partilhar com colegas.
Kaunas e Klaipeda são outras das cidades universitárias de relevo na Lituânia. Na primeira, a Avenida Laisvés merece passeio sem tempo, sobretudo no inverno, assim como
o Museu de História Natural e o Museu do Diabo. Sim, do Diabo, com mais de duas mil imagens referentes a diabos das mais variadas geografias.
Em Klaipeda, outro museu, o do Mar, não fosse a cidade a única portuária da Lituânia, é de deslocação atenta, tal como a Casa de Âmbar e o Parque Nacional Kuršių Nerija.

GUIA DE VIAGEM
Moeda: Euro
Preço médio de um passe de transportes públicos: 29 euros
Preço médio de um quarto para alojamento: 400 euros
Preço médio de uma refeição em restaurante: 10 euros

CROÁCIA

Dubrovnik são ruas labirínticas de pedra antiga a perder de vista (Foto: Maria João Gala/Global Imagens)

A Croácia é mar, são cidades históricas, são ilhas de perder a conta, é praia, é sol, é gastronomia, é vinho, é um infinito de descobertas passíveis de surpreender mesmo quem se julgue imune a surpresas. Comecemos por Zagreb, a capital e sede da mais prestigiada instituição universitária do país. E pela Trg Ban Jelačić, praça principal que aglutina em si estilos variados de arquitetura, sinais de um passado que ali deixou História e influências.
Daí até à imponente catedral é um pulo, com o colorido mercado ao ar livre pelo meio a tentar visita interessante. E até à Tkalčićeva Ulica a distância é, igualmente, escassa. O que é a Tkalčićeva Ulica? Nada mais, nada menos do que a zona de excelência de bares, restaurantes e de animação de Zagreb. Depois de uma pausa, uma ida até à Praça de São Marcos, onde se impõe a igreja homónima, é uma ideia a ter em conta.

Zagreb é a capital da Croácia e cidade de muitos estudantes (Foto: Wikimedia)

Descendo da capital até ao extremo sul do país, encontra-se Dubrovnik, cidade antiga em cujas muralhas se gravaram cenas icónicas da série “Guerra dos Tronos” e onde é fácil qualquer um perder-se em ruas labirínticas de pedra antiga até desembocar na sempre refrescante marina. Fora das muralhas, há areais a perder de vista, muito procurados por turistas.
Quem estudar na Croácia pode, igualmente, pensar num salto, breve ou não, aos países fronteiriços. Há muito o que explorar na Bósnia e Herzegovina, na Sérvia, no Montenegro, na Eslovénia e na Hungria. Com preços que não fazem grande mossa ao orçamento e transporte fácil, seja de autocarro ou de comboio.

GUIA DE VIAGEM
Moeda: Euro
Preço médio de um passe de transportes públicos: 45 euros
Preço médio de um quarto para alojamento: 300 euros
Preço médio de uma refeição em restaurante: 8 euros

HUNGRIA

Budapeste é dos destinos Erasmus mais procurados da parte central e oriental da Europa (Foto: Eric Yang/Getty Images)

A Hungria tem vários atrativos e Budapeste, a maior cidade e capital deste país sem mar, é um dos destinos Erasmus mais procurados da parte central e oriental da Europa. O custo de vida, mais baixo do que na generalidade das capitais do Velho Continente, é um dos fatores que ajuda a captar estudantes
a uma urbe que o rio Danúbio divide em duas, Buda e Peste. Abundam em ambos as áreas residenciais especialmente destinadas a estudantes e os pontos de vida de noturna são também frequentes e fáceis de encontrar no coração em que palpita o sentir da vida húngara e dos húngaros.

Debrecen é outra das cidades húngaras com significativa comunidade universitária (Foto: Wikimedia)

A Universidade Eötvös Loránd é a mais conceituada de Budapeste e também a mais procurada por alunos internacionais. Quem lá estuda tem acesso a uma paleta de escolhas que fazem de Budapeste uma das cidades mais ricas da Europa no que diz respeito a património cultural e histórico. E as tradições antigas que a fazem especial, como os banhos públicos termais – há cerca de uma dezena espalhados pela cidade. Um passeio de funicular até alcançar a Colina do Castelo é percurso a não perder.
Debrecen é outra das cidades da Hungria onde a comunidade universitária tem peso relevante. Começar a conhecê-la através de uma visita atenta à Estação Central é possibilidade a ponderar. Prosseguir pela Catedral de Santa Ana, depois pela Praça Kalvin Tér, terminando no Parque Hortobagy é continuação de um roteiro que garante deslumbre seguro.

GUIA DE VIAGEM
Moeda: Florim (1 euro: 371 florins)
Preço médio de um passe de transportes públicos: 25 euros
Preço médio de um quarto para alojamento: 389 euros
Preço médio de uma refeição em restaurante: 13 euros

Saiba mais sobre destinos Erasmus na edição de junho da sua Volta ao Mundo. Disponível em banca ou em formato digital.

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