Foto: Flickr

Estudar fora do país em destinos que ultrapassam as fronteiras da Europa é uma realidade cada vez mais frequente. Apresentamos três exemplos. Em paragens diversas de riqueza cultural, patrimonial e histórica. Longe no mapa e com um potencial de descobertas incontável de tão rico.

JAPÃO

Tóquio é a cidade que nunca pára, onde as horas parecem infinitas (Foto: Philip Fong/AFP)

Estudar em mobilidade é, também, pensar mais longe no mapa. É pensar no Oriente, é pensar em Ásia, é pensar no Japão. A distância considerável e o fuso horário incompatível são compensados por um manancial de experiências que apenas um destino Erasmus longe na latitude consegue proporcionar.

Tóquio é escolha a ponderar em terras nipónicas. Várias universidades portuguesas, como a de Coimbra, têm protocolos ativos com instituições locais.

Visitar a cidade, para lá dos estudos, é outro motivo de enriquecimento pessoal que ficará para sempre. Desde logo porque se perceberá na primeira pessoa o que é e como é viver numa das maiores cidades do Mundo.

Depois, porque em Tóquio os dias não páram e parecem encadear-se num só, tão frenética é, qual movimento perpétuo que gira em roda livre de milhares de atividades em simultâneo.

Na capital japonesa, o mercado Tsukiji é prova dessa vida agitada e permanente da cidade e Omoide Yokocho local fundamental para entrar nas profundezas e conhecer uma Tóquio diferente, onde a gastronomia se faz não de restaurantes de luxo mas de comida de rua em cada porta. Um salto para conhecer a noite faz-se, por seu turno, em Golden Gai. E há o cruzamento mais famoso do planeta, em Shibuya, digno de filme.

Se a preferência for paz e silêncio, locais para os encontrar em Tóquio são bastante acessíveis, por paradoxal que possa parecer. Os parques assumem lugar de destaque, entre eles o imponente que rodeia o Palácio Imperial.

Mas Japão e universidade não se fazem só de Tóquio. Urbes como Fukuoka, Osaka e Kyoto são também possibilidades interessantes para Erasmus.

ESTADOS UNIDOS

No país dos prédios que tocam o céu, as oportunidades para estudar são infinitas (Foto: Wikimedia)

Os Estados Unidos apresentam-se ao Mundo como um dos destinos universitários de renome internacional. As suas instituições de Ensino Superior são procuradas por estudantes de todos os continentes, providenciando um ensino unanimemente classificado como de qualidade, que pode abrir portas a experiências profissionais prometedoras no futuro.

Chicago tem universidade que consta do topo das mais prestigiadas dos EUA. E é cidade com muito para ver e sentir. Uma forma de a conhecer é subindo ao cimo do Skydeck e do 103.º andar daquela que foi a Sears Tower, agora Wiilis Tower, e daí observar como Chicago se espalha no horizonte como se infinita fosse. A entrada custa o equivalente a 15 euros. O Museu de Ciência e Indústria e o Aquário Shedd também vão merecer atenção com absoluta certeza.

Nova Iorque é Nova Iorque e de pouca apresentação necessita. A cidade que nunca dorme nunca dorme mesmo e usufruí-la 24 sobre 24 horas é desafio que deve ser apontado na agenda por quem lhe quiser conhecer as entranhas. Há de tudo, para todos e com todos. É só uma questão de escolha. De muita escolha, para sermos exatos.

Outro destino possível nos EUA é Nova Orleães e a sua Universidade Loyola, que mantém colaboração próxima, por exemplo, com a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Aproveitando a onda daquela que é a principal cidade do estado do Louisiana é imprescindível uma ida ao Bairro Francês, além de um passeio a bordo de um barco típico no rio Mississípi.

BRASIL

Brasília, a capital saída da imaginação extraordinária do arquiteto Oscar Niemeyer (Foto: Flickr)

O Brasil apresenta-se como hipótese para Erasmus e desde logo ganha vantagem com uma condição primordial: a língua.

É o país com mais falantes de português, 214 milhões, e tem nas suas universidades instituições que o defendem, promovem e multiplicam. E até tem um museu dedicado apenas e só à Língua Portuguesa, chamado mesmo assim, nas suas mais variadas vertentes. Fica em São Paulo, enquadrado na mítica Estação de Luz, local histórico que oferece tradição e memória a uma cidade gigante onde os prédios se confundem em altura e quase não deixam ver o céu.

A extensa Avenida Paulista pode ser o destino seguinte, não sem antes visitar o Mercado Municipal – onde tem de comer a tradicional sande de mortadela –, o Parque Ibirapuera e o Bairro da Liberdade, que alberga a mais extensa comunidade japonesa fora do Japão.

Brasil sem Rio de Janeiro não é Brasil. Há as praias de Ipanema, São Conrado ou do Leblon, há as escolas de samba, há o toque manso e provocador da bossa nova em bares que fazem da música ao vivo chamariz, há o Estádio do Maracanã. Enfim, há uma cidade que não cabe nos livros por ir além do que qualquer romance possa imaginar.

Erasmus no Brasil pode também significar Brasília, a cidade construída de propósito para ser a capital do país e inaugurada em 1960. Desenhada pelo arquiteto Óscar Niemeyer, tem formato de avião e acolhe as sedes dos poderes brasileiros. Apesar de ter sofrido com o crescimento descontrolado ao longo de décadas,

Brasília continua a ser um marco da arquitetura e referência para quem ousar sonhar alto. Afinal, foi edificada onde antes nada mais havia do que terra seca.

Saiba mais sobre destinos Erasmus na edição de junho da sua Volta ao Mundo. Disponível em formato digital.

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