A piada repete-se, com a cadência de umas gotas de chuva imaginárias: “Quer que sirva em copo pequeno ou grande? Esqueça, já sei, é grande. No Dubai é tudo grande”.
Esboçamos um sorriso piedoso, conscientes de que aquela verdade inabalável que ecoa nos ouvidos de todos os turistas tem literalmente o tamanho de um arranha-céus. No mais vistoso dos sete Emirados Árabes Unidos (EAU), ergueu-se, há décadas, uma civilização de betão.
Da aridez do deserto e das suas constantes poeiras, brotaram edifícios majestosos que desafiam a gravidade, auto-estradas com seis faixas de rodagem forradas a veículos de alta cilindrada e um modo de vida que interpela as normas. Que desafia o futuro. E, sobretudo, que se molda com uma naturalidade inquietante à permanência do calor. O sol, sempre ele, a lembrar-nos que o Dubai exala esplendor mas não é capaz, em nenhum momento do dia, em quase nenhum mês do calendário, de fazer esquecer a circunstância de ter sido esculpido no que outrora foi uma imensa planície desabitada.
Mas será essa natural e compreensível dificuldade de erguer uma “nação” do nada, em condições tão adversas, que torna este destino um dos mais procurados no Mundo. Pelo seu atrevimento, pela ousadia das suas construções, pela mescla sofisticada entre culturas, dialetos e estilos. Pela imponência associada à ideia de modernidade e tecnologia.
“O Dubai é tudo aquilo que imaginávamos e um pouco mais do que nos prometeram”, enfatiza James, brasileiro bonacheirão do Recife, saudoso da liberdade etílica de que não pode beneficiar naquele país muçulmano. “Quando voltar ao Brasil vou tomar banho de cerveja, lavar as mãos com cerveja e, claro, beber muita cerveja”.
No Dubai, todas as liberdades do primeiro mundo são garantidas, ou não fosse a esmagadora maioria da população uma fusão de berços (85% dos que lá vivem vieram de fora), mas o álcool só é permitido em certos circuitos e mediante autorizações especiais.
Facilmente pagamos 13 euros por uma cerveja e 30/40 euros por uma garrafa de vinho corrente. Na verdade, a proibição é tácita, porque quem tem poder aquisitivo não morre à sede de álcool. O mesmo se passa, de resto, com a carne de porco – há pouca, a geografia é muçulmana, convém não esquecer, mas encontra-se.
Mas voltemos ao princípio: no Dubai é tudo à grande e quando a conta bancária é proporcional ao desejo, o dinheiro é o atalho ideal para nos passearmos nesse lustroso altar de excentricidades. Não é estranho entrarmos num hotel e vermos Londres, não é estranho entrarmos num restaurante e vermos Nova Iorque, não é nada, mas mesmo nada estranho, sentirmo-nos com recorrência na pele de Michael J. Fox, num improvisado regresso ao futuro em que já não há Deloreans supersónicos nem skates voadores, mas museus que nos projetam para outra dimensão, a 600 quilómetros da Terra, a bordo da nave espacial OSS Hope, que nos abrem a inquietante janela da Humanidade em 2071, e de como o sonho megalómano dos xeques emiratis assente no betão e no ferro pode ter sido afinal o prelúdio de algo novo.
Fundamentalmente, de como esse paradigma do “quanto maior melhor” está também a mudar, amparado por uma consciência ambiental e de preservação da espécie que adoça os ouvidos dos novos turistas. Também aqui, o Dubai soube regenerar-se.
Inaugurado em fevereiro, o Museu do Futuro é a mais recente coqueluche arquitetónica (e porque não dizê-lo: a mais recente demonstração de força) do emirado. Parece uma nave espacial plantada na margem da auto-estrada, num pedestal forrado a relva natural, de traços marcadamente futuristas.
O pôr do sol em fundo é uma das mais inspiradoras imagens que trazemos gravadas na pele. Um laranja árabe tão majestoso que, quase nos apetece arriscar, vale, per si, as mais de sete horas de viagem de avião. Num destino tantas e tantas vezes associado a massas (é verdade e eles não se importam nada com os mais de cinco milhões de turistas recebidos só nos primeiros quatro meses de 2022), o Museu do Futuro representa porventura a mais declarada pedrada no charco nessa estratégia de consumo desenfreado e de grandes multidões.
É lá que podemos encontrar o Instituto da Cura, onde se promete “desintoxicar” a Natureza das maldades do Homem, com a desflorestação da Amazónia à cabeça. Verdadeiramente surpreendente é a biblioteca luminosa onde estão a ser armazenados os códigos genéticos de milhares de espécies e onde também está a ser estudada uma árvore capaz de resistir ao fogo.
Tudo devidamente explicado pela nossa guia avatar Aya. Em suma, o Museu do Futuro é de visita obrigatória de entre todas as outras atrações de visita obrigatória.
Situado no Golfo Pérsico, o Dubai está rente ao nível do mar. O mais instagramável território do Médio Oriente partilha fronteiras com Abu Dhabi (o mais rico dos emirados) a sul, com Sharjah a nordeste e com o Sultanato de Omã a sudeste. No século XIX, o emirado ergueu-se a expensas de pouco mais de 800 membros da tribo Bani Yas, que viram no porto uma saída para o desenvolvimento.
Mais tarde, juntaram-se a eles os beduínos, nómadas árabes, os quais construíram pequenas casas de habitação típicas, que ainda hoje podem ser visitadas na zona de Dubai Creek, a área territorial que melhor preserva as tradições ancestrais do emirado, com as embarcações e os velhos pescadores, as comidas tradicionais, o maravilhoso café árabe com açafrão (nunca em copo cheio, acautele-se, porque se lhe encherem o copo é porque querem vê-lo pelas costas) e o acolhedor Centro para o Entendimento Cultural Sheikh Mohammed (SMCCU), situado num belíssimo edifício no bairro histórico Al Fahidi e que funciona como uma embaixada cultural da nação.
Tem como propósito ajudar os visitantes a entender o que os rodeia. Não é por acaso que o rosto da mensagem é Shaima, uma engenheira de 26 anos com traços de princesa jordana da Disney, um inglês impecável e um sorriso luzidio.
Lá podemos provar o que de mais autêntico tem para oferecer a gastronomia emirati, devidamente sentados nos travesseiros de estilo beduíno, ter aulas de árabe e organizar visitas guiadas a mesquitas. Shaima responde a tudo, ou não fosse o lema do centro “portas abertas, mentes abertas”.
As perguntas mais incómodas, normalmente relacionadas com religião ou direitos das mulheres, são devolvidas sempre com enorme graciosidade. “O Dubai é sobretudo um excelente hub de oportunidades”, enfatiza a jovem guia, enquanto tenta que o enorme tecido negro que lhe cobre a cabeça e o corpo não denuncie as vestes modernas de uma jovem europeia.
Apesar das recomendações para algum comedimento dos turistas na escolha da indumentária, na rua não há um pudor instituído. Veste-se o que se quer, por mais curto que seja, por menos tecido que se ostente.
Esse à-vontade é particularmente notório nos mercados tradicionais, onde o cruzamento entre o mundo árabe e o ocidental é mais genuíno e evidente. A língua inglesa é dominante (está instituída como segundo dialeto na região), mas nos barcos turísticos de Dubai Creek avultam em doses cavalares as conversas em israelita e português do Brasil.
Não obstante os Emirados Árabes Unidos serem o sétimo maior produtor de petróleo e gás natural do globo, a economia do Dubai, que começou a crescer verdadeiramente na década de 60 do século passado, quando as jazidas fizeram jorrar os petrodólares, soube diversificar em devido tempo as suas fontes de alimentação, a tal ponto que os combustíveis fósseis representam hoje menos de 10% da sua riqueza.
Apesar de o petróleo ter sido determinante para fazer crescer edifícios estruturantes, como hospitais e escolas, é no turismo (sobretudo), no imobiliário e na finança que reside a pujança atual do emirado, que cresceu 5% em 2021, mitigando com uma resistência apreciável os efeitos da pandemia, a que não é alheio o facto de ter sido o destino global a abrir-se primeiro ao Mundo.
Hoje, o resultado está à vista: nos primeiros três meses de 2022, a ocupação hoteleira rondou os 82%, o melhor score global.
No Dubai, as retinas vivem em permanente estado de contemplação. É tudo debaixo para cima, a nossa pequenez no solo, mas também a nossa frágil pequenez quando subimos ao mais alto edifício do globo, o Burj Kalifa, com 828 metros de altura e 128 andares, e varremos o skyline. Pequenos lá em baixo, pequenos lá em cima.
A opulência é estética, mas é sobretudo estratégica. No Dubai Mall, situado no mesmo complexo, o segundo maior shopping do Mundo (só ultrapassado pelo New Century Global Centre, na China) desafia a resistência cardíaca dos visitantes, em particular dos que se deixam encantar com o perfume inebriante das grandes marcas, todas presentes, todas vistosas.
Os mais abonados e menos aptos fisicamente servem-se de carrinhos elétricos conduzidos por motorista para empreenderem a peregrinação consumista ao longo das 1200 lojas.
Mas também há um hotel, 22 salas de cinema, uma zona de alimentação com 120 restaurantes, uma pista de patinagem e um dos maiores aquários do globo, o Dubai Aquarium and Discovery Centre, que acolhe mais de 33 mil animais marinhos. Mesmo que não queira (ou não possa) gastar muito dinheiro, o Dubai Mall é um espetáculo dentro do espetáculo que é o Dubai. Quanto mais não seja, aproveite as vantagens do sistema de ar condicionado para desanuviar da permanente canícula do exterior.
No capítulo “pensamos mesmo nisto para o impressionar”, avulta ainda o cenário esmagador da marina do Dubai, onde a magnitude dos edifícios e o cosmopolitismo dos restaurantes é a melhor tradução do espírito empreendedor destas gentes. Milhares de turistas acotovelam-se para assistir ao show das águas dançantes (Dubai Fountain), ainda que, no final, reste uma sensação de algum desalento perante um acontecimento de que tanto ouvíramos falar e que não nos sobressaltou especialmente.
Por falar em sobressalto: não deixe de espreitar o hotel Burj Al Arab Jumeirah, erguido há duas décadas numa ilha artificial e que ostenta o título (meramente simbólico) de único hotel de sete estrelas do Mundo e, também, de melhor hotel do Mundo (medalha sempre subjetiva).
Coincidência ou não, é gerido por um português, José Silva, uma espécie de Mourinho da hotelaria mundial que tem origens nos Açores. Se marcada com tempo, pode efetuar uma visita a este edifício banhado a ouro (literalmente) e conhecer a suite real, onde o conceito de decoração kitsch é elevado a outro patamar e onde já ficaram alojados grandes nomes da música e do desporto, como Justin Bieber ou Cristiano Ronaldo, entre muitos outros. Dali do alto vê-se também a praia, privada e só frequentável mediante pagamento, dois quilómetros de areal branco, águas cristalinas e mornas.
Mas nem todas as línguas de areia (não dar um mergulho nas águas do Golfo é criminoso) são privadas. Há uma considerável quantidade de praias públicas visitáveis sem marcação. Se quiser impressionar os seus amigos com uma daquelas fotos-postal para o Instragam, aconselhamos a Sunset Beach (ou praia Umm Sugeim), porque lhe permite emoldurar o momento “segurando”, com a ponta dos dedos, o Burj Al Arab em fundo.
A artificialidade de algumas praias não impede que haja ofertas para todos os gostos: mais calmas, para famílias com crianças, com ondas e ventos mais agitados, para quem aprecia o surf e o kitesurf, e até de perfil urbano, como a La Mer, situada na área de Jumeirah, a ilha artificial em forma de palmeira cujas imagens só duas ou três pessoas no planeta não viram ainda, e onde se pode aliar os banhos de sol à comida sofisticada e às compras.
Curiosidade bem a propósito: o Dubai aumentou a sua área territorial de 3900 quilómetros quadrados para 4114 quilómetros quadrados graças à política de construção de ilhas artificiais.
Mas há muito mais para apreciar: o The Frame, a moldura gigante onde se pode caminhar sobre o vazio a 120 metros de altura, a Deep Dive, a piscina de mergulho mais profunda do Mundo (com mais de 60 metros) que esconde uma cidade submersa, a Aura Skypool, a piscina infinita mais alta do Mundo, no topo do arranha-céus Palm Tower, a roda gigante Ain Dubai, que nos eleva a uns impressionantes 250 metros de altura, o The Edge Walk, onde podemos ficar suspensos por um fio a 200 metros de altura, no topo de um arranha-céus. A lista é quase infinita e rima quase toda com recordes do Guinness.
Na ressaca da exposição universal Dubai 2020, que deu um enorme boost ao turismo da região, o emirado governado pelo xeque Mohammed bin Rashid Al Maktoum tenta agora solidificar a oferta ao longo de todo o ano, aproveitando o Mundial de futebol no Catar, aprazado para novembro e dezembro, para se afirmar como um elo incontornável de ligação aérea e sobretudo de alojamento, dada a sua enorme oferta hoteleira, o seu natural poder de atratividade e a falta de infraestruturas no Catar para acolher esse exército faminto de bola.
Nunca parar, por mais hercúleo que pareça o esforço, é o mantra destes emiratis que se inspiram no mundo ocidental para cavalgar para longe. Até agora, têm sido bem sucedidos. “Quer que sirva em copo pequeno ou grande? Esqueça, já sei, é grande. No Dubai é tudo grande”. O céu não é o limite.
* A Volta ao Mundo viajou a convite do Turismo do Dubai
No deserto sem deixar pegada
Há uma única forma de chegar ao deserto no Dubai (de carro), mas há várias formas de estar no deserto no Dubai (deixando mais ou menos pegada). Depois de 40 minutos de viagem por auto-estrada, entramos na zona árida, beduína. A Platinium Heritage Safaris ostenta o título da empresa que mais se preocupa com o ecoturismo no deserto, razão pela qual aboliu os plásticos, razão pela qual controla quase todos os passos dados pelos turistas nas dunas.
“Temos de deixar tudo como território virgem”, explica James, guia brasileiro, uma mão de fora e outra no volante de um encantador Land Rover amarelo de 1951. Andamos meia hora debaixo de um sol abrasador, até chegarmos a um resort no deserto de Al Maha. Pelo caminho, cruzámo-nos com alguns exemplares do órix-da-arábia, o animal-bandeira dos emirados devidamente preservado na Reserva de Conservação do Deserto do Dubai.
É um dia intenso, não tanto pela agitação de jipes e turistas, mas pela quantidade de experiências: podemos assistir a um espetáculo de falcoaria, provar carne e leite de camelo (também se pode andar à garoupa destes animais, voltinha rápida e algo degradante para os bichos), desfrutar de tâmaras e pratos tradicionais árabes e até apreciar ostras frescas (sim, no deserto).
No final do dia, observamos estrelas na mais completa escuridão e, não menos memorável, regressamos até ao ponto de encontro num silêncio sepulcral, por entre uma penumbra mágica que só o deserto oferece.
GUIA DE VIAGEM
Como chegar
A Emirates disponibiliza, desde o princípio de julho, dois voos diários a partir de Lisboa. Está em equação a hipótese de ser retomada a ligação a partir do Porto. Numa simulação que teve como referência a partida a 15 de julho e o regresso a 22 de julho, estima-se um custo de viagem por pessoa, em económica, de cerca de 1730 euros. Este valor ascende a quase 8400 euros se quiser viajar em primeira classe. Para se deslocar no Dubai, pode sempre alugar um carro. Para o mesmo período, os preços variam entre os 160 euros, para um veículo ligeiro, e os 2100 euros, para um monovolume para sete pessoas. Para alugar uma viatura, tem de ser portador de uma carta de condução internacional. Os táxis não são baratos, mas o combustível é dos mais em conta do Mundo. Tendo o passaporte em dia, não é necessário visto para entrar no país, onde pode ficar até um máximo de 90 dias, renovável para mais 90 dias.
Moeda
A moeda local é o dirham, que equivale mais ou menos a 0,26 euros. Os emiratis aceitam dólares e euros em quase todo o lado, mas aconselha-se o câmbio para a moeda local, sobretudo se pretende comprar alguma coisa nos mercados tradicionais ou na rua. Se quiser pagar em euros ou dólares, o preço tende a ajustar-se para cima. Há muitas casas de câmbio disponíveis.
Alojamento
Se há coisa que não falta no Dubai é alojamento. Há mais de 800 hotéis e várias opções para quem prefira o alojamento local. Normalmente, os hotéis de três ou quatro estrelas estão subavaliados, ou seja, equivalem, em muitos casos, a hotéis de cinco estrelas da Europa. Por isso, quando pensar em marcar tenha também isso em conta. Grande parte da hotelaria bebeu inspiração no glamour e na estética do emirado, projetando uma oferta mais conservadora assente no luxo. A Volta ao Mundo recomenda, porém, o 25 Hours Hotel, de base europeia e concebido para os nómadas digitais. De traço moderno e decoração contemporânea, disponibiliza estadias, ainda para o mesmo período de julho, a partir de 147 euros por noite, num quarto beduíno. O restaurante é altamente recomendável, tal como a piscina no terraço, que beneficia de umas vistas de tirar o fôlego para o Museu do Futuro.
Gastronomia
No Dubai há restaurantes para todas as bocas e bolsas. Para se inteirar das gastronomia local, aconselhamos um almoço no Centro para o Entendimento Cultural Sheikh Mohammed, onde pode provar meia dúzia de pratos tradicionais muito bem confecionados. Aconselhamos vivamente o restaurante SAL, nas imediações do Burj Al Arab, gerido pela portuguesa Marta Fidalgo, com loiça da Vista Alegre e cozinha de inspiração mediterrânica. Por 200 euros por dia e por pessoa, pode usufuir ainda de umas horas na deslumbrante piscina arrefecida do complexo – 40% desse valor é em crédito para consumir. Aconselhamos também visita gastronómica ao Sushisamba, Rockfish, Abd El Wahab e Souk Al Bahar. O Time Out Market Dubai, inspirado no de Lisboa, oferece uma enorme variedade de pratos, incluindo os de um restaurante português, o Lana Lusa.
Conselhos úteis
Apesar do calor ser intenso ao longo de todo o ano, os meses entre outubro e maio são os mais “suportáveis”. Mas como, além dos portugueses, grande parte dos europeus tira as férias grandes nos meses do verão ocidental, o Turismo do Dubai desenvolveu uma campanha de verão que permite usufruir de sete noites pelo preço de cinco. Ande sempre com água, ainda que seja muito fácil comprá-la, seja em lojas, seja na rua, junto de vendedores improvisados de bandeja na mão. Nos mercados, nunca aceite o primeiro preço que lhe sugerem. Sobretudo nas especiarias, muito apreciadas e de enorme qualidade, os vendedores tendem a esticar demasiado a corda. Um diálogo frutuoso não deixará ninguém insatisfeito.
Segurança e vestuário
Mesmo sendo um país muçulmano, os turistas, em particular as mulheres, podem andar relativamente à vontade no que se refere à indumentária, salvo quando entram em locais de culto ou religiosos. Os índices de criminalidade são praticamente nulos. Há muita polícia à civil, razão pela qual não se nota a sua presença, e o sentimento de segurança é levado muito a sério. Mesmo os pequenos assaltantes arriscam prisão ou deportação.
Esta reportagem foi publicada originalmente na edição impressa da Volta ao Mundo de julho de 2022