Foto: DR

Há a República Dominicana. E depois há uma península que reúne tudo o que é a República Dominicana: as pessoas e os sorrisos das pessoas, as melhores praias, as reservas naturais, as ilhas com pássaros e as ilhas de luxo, os rios frios e o oceano quente. Samaná.

O barulho do motor dos buggies ficou lá atrás. Acabámos de fazer uma viagem pelas entranhas da península, intercalando asfalto com estradas de pó e terra batida, ladeadas de árvores e densa vegetação tropical que cresce por todo o lado.

Ao fundo, no meio do verde, vê-se uma nesga de mar azul-turquesa. Estamos a chegar à praia Rincón, considerada uma das mais bonitas da República Dominicana e do Mundo.

A baía, com cerca de três quilómetros de areia branca, é cercada por palmeiras e coqueiros. Do lado esquerdo de quem chega ergue-se o Parque Nacional de Cabo Cabrón, montanhas que se cobrem de árvores desde o mar até ao topo, como em quase toda a península de Samaná. Um braço de terra no nordeste deste país do mar do Caribe ainda bastante virgem e onde o azul do Atlântico e o verde da Natureza se juntam numa simbiose perfeita.

Corre um vento quente que ajuda a arrefecer os corpos e cria uma ligeira ondulação na baía. Apesar do cenário paradisíaco – aqui já foram gravados filmes de Hollywood, como foram noutras joias da província de que falaremos adiante –, não é nas águas quentes e transparentes da Rincón que os locais de Las Galeras gostam de se banhar.

Já os tínhamos visto a refrescarem-se noutros pequenos riachos ou lagos à beira da estrada com o mar bem perto, mas aqui há famílias inteiras que se juntam, sobretudo aos fins de semana, para tomar banho na água fria e hipercristalina do Caño Frio, um braço de rio com cerca de 12 500 metros que corre quase parado até desaguar no mar. Há um pequeno barco de madeira a remos que faz visitas rio acima para mostrar a fauna e a flora locais.

Foto: Gina Pereira

Ali a água é tão limpa e a areia tão branca e fina que dizem que quem deixe cair um brinco não terá dificuldade em recuperá-lo do fundo. O pequeno e pouco profundo rio reflete o verde da floresta tropical.

As crianças divertem-se atirando-se para a água ou brincando nos troncos que fazem de escorregas dentro do rio, enquanto os adultos dominicanos (muitos têm o costume de tomar banho vestidos) lá ficam demoradamente a molhar-se, a conversar e a namorar. Nunca a nadar, já que não parece fazer parte dos seus hábitos. Independentemente da idade, os afáveis dominicanos não se inibem de demonstrar afetos, como aquele casal de mais de 70 anos que se mimava dentro do rio.

Dizem que a água fria e doce lhes sabe melhor do que a do mar – salgada e quente – e os ajuda a suportar o calor intenso sempre acima dos 30 graus (sensação térmica de cerca de 38) que, nos meses de verão, faz com que os corpos fiquem quentes e moles, o que explica que estejam sempre à procura de uma sombra onde possam descansar. E que a pressa não faça parte do seu léxico, mesmo quando se lhes pede algum serviço. “Ahora mismo”, respondem, sem que se saiba quanto tempo vai demorar. É o ritmo dominicano, brinca-se entre os estrangeiros.

Foto: Gina Pereira

Apesar de haver um bar-restaurante (onde o cuidado com o lixo produzido é pouco), há quem traga mesas e comidas e bebidas dentro de arcas refrigeradas e fique por ali horas a comer à beira-rio ao som da popular bachata, outros vão ao bar servir-se. A praia das imagens de sonho cinematográficas fica a menos de três minutos a pé, mas os locais não mostram vontade de lá ir – deixam-na para os (poucos) turistas que vão deliciar-se com as águas cálidas e a paisagem de altas palmeiras e coqueiros. Chegam a fazer mais de três horas de viagem desde a zona turística de Punta Cana para conhecê-la.

40 kms de praias
Deslumbrar-se com praias paradisíacas de areia fina, água quente (custa a acreditar que é o oceano Atlântico) e toda a paleta de tons de azuis é o mais fácil de acontecer em Samaná. Com mais de 40 quilómetros de praias, há pelo menos 36 com nome próprio.

A indústria do turismo admite que o aumento da presença do sargaço (algas marinhas densas), que atribui ao aquecimento global e à desmatação da floresta amazónica, é uma preocupação que tem levado os hotéis a investir na colocação de redes em alto mar e equipamentos de recolha que evitem que chegue à costa e aos areais.

Levam-nos até à praia Bonita, que faz justiça ao nome. À chegada, percorrendo um caminho de pedra que ladeia um hotel, veem-se ao longe três pequenas ilhotas, aqui chamadas de cayos. A praia desenvolve-se ao longo de uma pequena baía. Escolhemos virar à direita. São quase 16.30 horas e a areia escalda os pés, pelo que decidimos caminhar à beirinha do mar.

Foto: Gina Pereira

Somos atraídos pelo verde da vegetação luxuriante que nos espera lá ao fundo e que dá à água uma tonalidade esmeralda. Chegados ao topo norte da baía, perdem-se de vista as ilhotas e ergue-se toda a beleza da frente de mar com as montanhas bem perto de nós. A praia torna-se verde e as águas calmas convidam a um nadar demorado e preguiçoso.

Aqui não apetece fazer nada. Apenas deixar-se levar pela fraquíssima ondulação e saborear a serenidade e o silêncio do lugar, quebrado de quando em vez pelas brincadeiras de crianças dentro de água e pela música dos bares do outro lado da praia que o vento traz ao de leve.

É possível caminhar demoradamente dentro do mar mantendo sempre o pé e sem que se tenha vontade de lá sair: dentro de água está-se quase sempre mais confortável do que a suportar o calor húmido do exterior. E ainda se pode ter a sorte de ser surpreendido por pequenos cardumes de peixes que nadam entre os nossos pés.

Na caminhada de regresso, a música chama a atenção e somos tentados a ir descobrir o outro lado da praia. Percebemos que ali se pode fazer massagens ao ar livre, descansar em redes e sentar-se nos bares ao som de ritmos caribenhos.

Somos surpreendidos por um pequeno mercado de artesanato local onde se vendem pulseiras, brincos feitos de pedras semipreciosas e chapéus de palha decorados à mão.

O tempo avança e desafiam-nos a ir conhecer outra praia, Punta Popy, para assistir ao maravilhoso pôr do sol enquanto saboreamos um delicioso cocktail fresco à beira-mar. Mojitos, caipirinhas, margaritas, pinas coladas ou sumos de fruta estão entre o cardápio.

Foto: Gina Pereira

Construídos junto às praias, os resorts (a maioria em regime all inclusive, ou seja tudo incluído) facilitam que se possam fazer longas caminhadas em segurança à beira-mar, como é o caso do Bahia Principe Grand Portillo, na praia de El Portillo, com 13 quilómetros de extensão onde também existem elegantes casas de férias, com grandes jardins e piscinas, disponíveis para alugar por quantias impróprias para os bolsos dominicanos (algumas estão protegidas por seguranças armados que asseguram que nenhum estranho se aproxima, embora não se vislumbre sinal de insegurança).

A economia local
Com um salário mínimo fixado nos 12 500 pesos dominicanos (menos de 200 euros por mês), a grande maioria dos samanenses vive da agricultura, da pesca e, cada vez mais, do trabalho no turismo que tem crescido nas últimas décadas, à boleia dos investimentos de grandes grupos hoteleiros e que faz deste o principal motor de desenvolvimento da região.

Contudo, basta atravessar a povoação de Las Terrenas ou de El Limón para ver que a genuinidade do povo e dos seus hábitos permanece intacta. As casas são modestas: algumas de tijolo, outras de madeira e cobertas de telhados de zinco. Quase todas têm pequenos alpendres, fechados com gradeamento, com mesas e cadeiras onde as famílias se juntam para comer, conversar ou simplesmente estar.

O abastecimento de água não é constante: há dias próprios para chegar, pelo que as casas que a recebem guardam-na em cisternas, enquanto às outras chega nos baldes carregados pelas crianças. Sempre de sorriso no rosto e prontas a acenar generosamente a quem passa.

Nas lojas de venda de fruta amontoam-se cachos de banana, deliciosas papaias, cocos, ananases e enormes abacates. Nalgumas delas, à porta, amanham-se cocos para beber. Há bares que são também peluquerias (cabeleireiros), colmados (pequenos supermercados) que vendem de tudo um pouco, lojas que penduram na rua todo o tipo de pronto a vestir e o expõem em manequins de plástico, oficinas de pneus e stands de vendas e arranjo de motas. À porta das casas, à sombra, os populares sentam-se à conversa e bebem cerveja.

Meio de transporte: motas
As motas são o meio de locomoção privilegiado – embora os cavalos também ainda sejam usados nalgumas zonas, designadamente em El Limón – e chegam a levar três pessoas em simultâneo, incluindo crianças, sem capacete. Apesar de ser obrigatório, muito poucos o usam para conduzir e fazem-no enquanto falam ao telemóvel ou bebem a levezinha cerveja Presidente…

São tantas a circular que as lojas de motas só rivalizam com os pequenos espaços de venda de lotaria (a Loteka) que se joga várias vezes ao dia e dá emprego a muitas jovens mulheres, naquele que parece ser o jogo mais popular da região.

Foto: Gina Pereira

As motas são também uma fonte de rendimento para os jovens que não querem trabalhar na hotelaria e que, à falta de um sistema de transportes públicos regular digno de seu nome, fazem o serviço de mototáxi.

Basta uma ida ao (obrigatório) mercado de Santa Bárbara de Samaná para perceber como as motas fazem parte da cultura e da necessidade deste povo. É nas motas que os pequenos agricultores e pescadores transportam os produtos que vão vender nas bancas improvisadas que montam ao redor do pequeno edifício do mercado.

Lá dentro, as vendedoras dispõem os seus produtos em quadrículas de madeira, pesam-nos em antigas balanças de pendurar, enquanto outras amanham os legumes ou preparam-nos em sacos de saladas para a refeição de uma família para um dia.

Foto: Gina Pereira

Um solo fértil e um clima tropical ajudam a que esta seja uma terra generosa. Há fruta em abundância: árvores carregadas de mangas que caem nas estradas sem que alguém as apanhe, bananeiras plantadas em pequenos pedaços de terra, papaieiras à porta das casas e coqueiros em todas as praias.

O coco é mesmo o principal produto agrícola da região e tem diferentes utilizações. Presente em quase todos os pratos de culinária e doces tradicionais, ele também é transformado em óleo, utilizado em produtos de beleza e a sua casca usada para fazer trabalhos manuais de artesanato.

Uma pequena cooperativa de mulheres de Las Guázaras viu no coco um potencial de emancipação feminina e envolve hoje 64 mulheres. Virgínia tem 50 anos, quatro filhos, cinco netos. Explica que a Cooperativa de Mujeres hacia el Desarrollo de Samaná (Coopmudesa) começou por ser um clube de mães há 32 anos; passaram depois a ser uma associação informal de mulheres e, em 2014, formalizaram a cooperativa, como uma forma de conseguir uma remuneração que lhes permitisse ter alguma autonomia e ajudar a compor o rendimento dos maridos. Admite que o caminho não foi fácil, mas reconhece a sua importância no empoderamento destas mulheres. “Aprendemos muito sobre como conservar a qualidade dos alimentos, como devemos tratá-los e também sobre a equidade e igualdade de género.”

Habituadas a fazer azeite de coco para uso em suas casas, decidiram tentar tirar desse saber algum rendimento. Primeiro de forma artesanal, agora com a ajuda de maquinaria industrial e bastante paciência: entre partir os cocos, tirar-lhes a casca, lavá-los, moer o fruto, extrair-lhe o óleo e deixá-lo a repousar para depois o engarrafar passam vários dias.

Além do coco, em Samaná também há alguma plantação e indústria de tabaco para cigarros e charutos. Garantem que após a pandemia a procura de tabaco disparou.

Foto: Gina Pereira

Turismo-natureza
Mas há muito mais para fazer do que praia na península. Atividades radicais como saltar de zipline permitem voar sobre a floresta tropical e apreciar a paisagem do alto. Depois de devidamente equipados com arneses e capacetes, somos levados num camião todo o terreno para uma zona mais alta.

O teste à nossa preparação física começa aqui: temos de subir a pé um caminho íngreme por entre as árvores até chegar a uma das dez torres de madeira de onde saem os cabos de aço. É hora de superar os medos e de sobrevoar a copa das árvores. Desligar a mente e usufruir do voo.

Com distâncias que variam entre os 78 e os 500 metros de comprimento e cabos que permitem circular a diferentes velocidades, a bem-disposta equipa dos Runners Adventures assegura que não falta adrenalina nesta aventura. Uma experiência que aconselhamos vivamente a quem não tenha medo das alturas.

Outra das atividades imperdíveis é uma visita ao Parque Nacional Los Haitisses, uma área de reserva natural criada em 1976 e que tem vindo a ser alargada. Conta atualmente com cerca de 1600 quilómetros quadrados que fecham, a sul, a baía de Samaná.

Apanhando um barco de recreio num dos vários cais da baía, a viagem dura uma hora a hora e meia a atravessar as cerca de 12 a 16 milhas (dependendo do destino).

O parque é tão grande que abrange duas províncias da República Dominicana e inclui 53 pequenas ilhotas, todas cobertas de vegetação. Uma das mais conhecidas é a ilha santuário dos pássaros, por ter sempre dezenas de aves a sobrevoar à procura de alimento. Veem-se pelicanos, garças e milhafres, além de outras espécies endémicas da ilha, algumas só aqui existem.

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O parque é composto por uma estrutura de rocha calcária sedimentária criada há milhões de anos – a altura varia entre os 40 e 60 metros – que permite a acumulação de água no seu interior e faz com que a vegetação cresça facilmente, embora as árvores não excedam os 100 metros. Há mesmo raízes que se infiltram nas rochas e as atravessam à procura de água. Além disso, o parque tem dezenas de reentrâncias e canais e uma enorme floresta de mangues – dizem que a maior do Caribe –, onde se podem apreciar os sons da Natureza e fazer refrescantes passeios de caiaques.

Os mangues são uma espécie de raízes gigantes, características de regiões tropicais e subtropicais, que abrigam inúmeras espécies animais e vegetais, pelo que são um importante ecossistema. As raízes aéreas das plantas ajudam a diminuir a velocidade do curso das águas, limitando os impactos sobre os solos e contendo a erosão.

Outra particularidade dos Haitisses é a existência de dezenas de grutas, algumas visitáveis, com estalactites e estalagmites e vestígios de pinturas rupestres dos taínos, os indígenas que habitavam a ilha antes da chegada do navegador Cristóvão Colombo em 1492, quando a batizou de Hispaniola.

Hoje, a ilha de São Domingos (como se chama) é a segunda maior das Antilhas (a seguir a Cuba) e está dividida em dois países: a República Dominicana a leste (com mais de 48 mil km², cerca de 11 milhões de habitantes e 32 províncias) e o Haiti, que ocupa o terço ocidental da ilha com quase 28 mil km².

Uma das grutas mais visitadas é a hoje chamada de São Gabriel. Pela sua dimensão, tem uma entrada e uma saída diferentes. Antigamente conhecida por Cova do Diabo, o nome acabaria por ser mudado pelos pescadores para algo mais tranquilizador, uma vez que era ali que se abrigavam dos furacões e do mau tempo quando não conseguiam regressar atempadamente a terra.

Pela sua natureza virgem e deslumbrante, é fácil de perceber que o parque dos Haitisses tenha sido escolhido para cenário de um dos filmes “Parque jurássico”, do “Avatar” e, em 2006, de um reality show de sobrevivência de uma televisão espanhola, “Supervivientes: perdidos en el Caribe”.

Outra particularidade dos Haitisses é ser o local onde mais chove no país, pelo que foi considerado pela Unesco um dos pulmões do Caribe.

Um santuário para as baleias
A viagem de regresso, agora com um mar mais agitado, é uma oportunidade para apreciar as Pontes de Napoleão, acabadas de construir em 1978, um conjunto de três tabuleiros num total de 690 metros que ligam dois cayos e permitem ter uma panorâmica singular da baía.

Não é difícil imaginar que este seja um dos locais de eleição para apreciar a presença das baleias-jubarte, um espetáculo que se repete anualmente na baía de Samaná e que é um dos ex-líbris da região.

Todos os anos, entre meados de janeiro e o final de março, a observação de baleias traz muitos visitantes à península, sendo a baía considerada um dos melhores locais do Mundo para apreciá-las. As baleias migram das águas frias do Atlântico Norte (Gronelândia, Estados Unidos, Canadá e Islândia) para as águas quentes de Samaná para acasalar e há uma rede de pessoas que se dedica ao registo visual dos locais onde os mamíferos são avistados.

As estatísticas mostram que chegam a ser observadas cerca de três mil baleias em cada época, numa população estimada de 12 mil destes animais, cujo peso anda entre 30 a 40 toneladas. Desde 1996 que a baía é considerada um santuário de mamíferos marinhos. Um espetáculo de sonho que teve de ficar adiado para outra viagem.

A “Volta ao Mundo” viajou a convite da Soltour Travel Partners
Foto: DR

 

Cayo Levantado Resort, uma ilha inteira (quase) só para si

Reabriu a 1 de junho depois de uma renovação de milhões de euros a cargo do grupo espanhol Piñero (dono da cadeia Bahia Principe), o Cayo Levantado Resort pretende aliar um serviço de luxo à sustentabilidade ambiental e ao bem-estar físico e emocional, numa ilha privada com um quilómetro de extensão, a cerca de 15 minutos da costa de Samaná.

A experiência começa logo no cais de embarque onde há um pequeno bar de apoio que recria o estilo de uma antiga casinha colonial pintada de branco. Somos recebidos com pequenas toalhas geladas para nos refrescarmos e convidados a tomar uma bebida enquanto esperamos pelo pequeno barco que nos há de levar à ilha de sonho.

À chegada, depois de passarmos pela pequena praia pública que tem um bar de apoio e pode ser usada até perto das 16 horas, atracamos num pequeno cais.

À nossa espera, devidamente alinhada, uma pequena equipa que representa os vários serviços do hotel dá-nos as boas-vindas. Encaminhados ao lobby, explicam-nos que o resort de luxo tem três preocupações principais: sustentabilidade (têm um planta que lhes permite produzir a própria água potável e dispensar o uso de garrafões de plástico); fomento da cultura local (abastecem-se na República Dominicana e cultivam alguns produtos nas suas hortas); e cuidar do corpo e da mente, com um conceito de bem-estar que incluiu a criação de um espaço holístico onde se conjugam princípios de feng shui com meditação e outras terapias como soundhealing (som), watsu (flutuação) e reiki.

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Toda a filosofia do resort desenvolve-se em quatro princípios: refresh (revigorar), restore (revitalizar), relax (relaxar) e renew (renovar). Com 218 quartos distribuídos por um edifício principal de estilo colonial (algumas suites têm pequenas piscinas privadas) e 28 vilas espalhadas pela ilha, o resort dispõe de duas praias de areia branca (a que acresce a pública), duas piscinas, um spa, um restaurante-buffet de cozinha internacional e quatro restaurantes que servem à carta.

O serviço é esmeradíssimo e a simpatia transparece em todos os mais de 500 funcionários que ali trabalham. A sua missão é única: proporcionar estadias exclusivas que sejam a experiência de uma vida e, se possível, de renovação pessoal.

Uma noite nesta ilha paraíso para duas pessoas custa a partir de 800 euros, podendo chegar aos 1200, sendo que quem quiser pode reservar e aceder aos restaurantes do resort.

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GUIA DE VIAGEM

Viajar
Não há voos diretos regulares para Samaná, mas as agências de viagem vendem pacotes que incluem hotel e avião em voos charter. A “Volta ao Mundo” voou com a Soltour, num avião da companhia World2Fly. Até 1 de setembro, a Soltour é a única a disponibilizar viagens às agências a partir de Lisboa, com partidas para Samaná todas as sextas.

Ficar
Há dezenas de hotéis e resorts em Samaná. A VM ficou alojada no Hotel Bahia Principe Grand Portillo, um resort all inclusive com 606 quartos e capacidade para 1600 pessoas. Tem cinco restaurantes temáticos, uma zona de buffet, um snack-bar e duas piscinas, sendo numa delas proibido ouvir música. O hotel é servido por uma frota de mini carros elétricos que leva os clientes às suas villas e tem um serviço bastante cuidado. Outra opção para quem viaja sem crianças é o Hotel Viva Wyndham V Samaná, recentemente renovado, que se desenvolve em torno de uma grande piscina central e oferece uma estadia mais tranquila. Tem um restaurante com buffet e outros três que servem à carta.

Comer
Os hotéis oferecem todo o tipo de comida internacional, mas para quem quiser conhecer a gastronomia dominicana terá de visitar restaurantes locais. Em Santa Bárbara de Samaná, o restaurante Terra e Mar oferece peixe frito tradicional acompanhado de arroz moro com guadulles (lentilhas), legumes cozidos e tostones (banana frita, quase tostada, às rodelas). Foi onde comemos a sobremesa mais especial: um doce tradicional de banana com canela e coco. Num outro estilo, mais sofisticado, o Porto by Mosquito – um restaurante com uma estrutura de madeira em cima da praia – oferece, entre outros, peixe com molho de coco acompanhado de arroz branco e sobremesas como gelado de coco ou alfajores (bolachas de manteiga recheadas com doce de leite, típicas da Argentina).

Visitar
As praias são tantas que dificilmente as conseguirá visitar todas. Não perca a praia Bonita, a de Portillo e Rincon. Obrigatório é visitar o Parque Nacional dos Haitisses, a cidade de Santa Bárbara de Samaná, de onde é possível ver a baía, e, se possível, o Cayo Levantado, uma ilha privada com hotel de luxo a que só se chega de barco, mas onde é possível nadar numa praia pública.

Esta reportagem pode ser lida na edição de agosto da revista Volta ao Mundo, à venda em banca ou aqui.

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