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Chama-se Pitcairn e é um pequeno arquipélago cravado no Oceano Pacífico, a meio caminho entre a América do Sul e da Nova Zelândia. Lá, onde parece começar o infinito, restam 46 orgulhosos moradores.

Único território ultramarino do Reino Unido no Pacífico, as Ilhas Pitcairn têm características próprias que a tornam singular.

Só há uma cidade, Adamstown, onde vive toda a população e onde sempre existiu uma pequena mas bem equipada unidade de saúde. Médicos são… apenas um.

O hospital mais próximo fica a 2170 quilómetros, na Polinésia Francesa. E como não existe aeroporto, a alternativa é viajar dois dias de barco para o alcançar. Pelo menos.

Há somente uma mercearia, que abre três vezes por semana durante duas horas de cada vez. Os mantimentos chegam por mar, claro está, a cada três meses de intervalo.

As exportações são poucas e cingem-se, quase em exclusivo, ao mel, num território com duas estradas asfaltadas e sem qualquer hotel.

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Crianças ainda restam nas Pitcairn, embora por pouco tempo. Em dezembro, os três últimos alunos vão mudar-se com as mães para a Nova Zelândia, onde irão prosseguir os estudos.

Os restantes habitantes, esses, têm uma média etária de 60 anos. E temem pelo futuro, sobretudo agora que o Reino Unido deixou de pertencer à União Europeia.

“O Brexit trouxe-nos dificuldades para podermos viajar o Taiti, que tem administração francesa e é a maior ilha da Polinésia”, lamenta Charlene Warren, citada pela agência AFP, presidente da Câmara de Adamstown.

As Ilhas Pitcairn foram colonizadas em 1790 pela tripulação amotinada do navio da Marinha Real HMS Bounty, liderada por Fletcher Christian.

A primeira vez que haviam sido avistadas por europeus fora em 1606, pelo português Pedro Fernandes de Queirós.

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