Foto: Manan Vatsyayana/AFP

Depois de décadas de pilhagens que foram destruindo o seu rico património histórico, a Tailândia aposta agora na recuperação e proteção de locais milenares.

É o caso da antiga cidade de Si Thep (na foto), onde uma equipa de especialistas desvenda os mistérios de edifícios gigantes, apesar de muitas das peças terem sido levadas por saqueadores internacionais.

“O quadro geral, como o edifício principal, foi descoberto, mas faltam os artefactos que contam pequenos detalhes, o que faz com que muitas histórias não sejam contadas sobre Si Thep”, revelou a arqueóloga Tanachaya Tiandee à agência AFP.

O complexo de 400 hectares, com 1500 a 1700 anos, poderá vir a ser inscrito em breve na lista do património cultural mundial da UNESCO.

Situado a 200 quilómetros da capital, Banguecoque, Si Thep foi vítima da ganância dos muitos que a vandalizaram ao longo dos anos.

Acredita-se que ao longo dos anos, pelo menos 20 objetos tenham sido roubados do local. Onze foram identificados em museus dos Estados Unidos.

Mas o número real pode ser muito maior, acreditam responsáveis tailandeses.

Foto: Manan Vatsyayana/AFP

Em 2017, o Governo da Tailândia, criou uma equipa especial para monitorar antiguidades.

Desde então, 340 objetos foram repatriados voluntariamente para aquele país asiático, num processo lento em parte devido às dificuldades diplomáticas para requerer a devolução do património aos países que o acolheram.

As investigações concluíram que só o Museu Norton Simon, no estado norte-americano da Califórnia, possui nove peças tailandesas. E outras 32 estão espalhadas por outros museus dos Estados Unidos, como o Metropolitan de Nova Iorque e o de Arte Asiática de São Francisco.

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