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Miss Europa 2016: bonita, elegante e charmosa

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A iniciativa não é muito divulgada mas merece atenção: a Comissão Europeia nomeia, desde 2010, a Capital Verde da Europa, uma cidade que se distinga pelas suas boas práticas ambientais e que, por isso, deva servir de exemplo a todas as outras. O título foi este ano conquistado pela capital eslovena. E não surpreende: esta foi a primeira cidade a aderir à estratégia Lixo Zero (hoje recicla 99%), a qualidade da água de Liubliana é tão boa que o mapa turístico até assinala as fontes públicas, e três quartos da sua área são ocupados por florestas e parques. Só no Tivoli, com cerca de cinco quilómetros quadrados, não faltam estátuas, fontanários e até uma galeria de fotografias de grande formato ao ar livre, aberta durante todo o ano, quer caia neve ou faça sol.

A capital que é a miss Europa verde tem também transportes ecológicos. Disponibiliza bicicletas a preços simbólicos – são gratuitas na primeira hora e a segunda custa 1€ – e veículos elétricos, os Kavalir, prioritariamente destinados a pessoas com dificuldades de locomoção mas onde qualquer visitante se pode passear, gratuitamente, pelo centro histórico. Basta mandar parar um que circule desocupado ou pedir boleia, se houver lugar.

Bons petiscos, lojas especiais, esplanadas por todo o lado e a preços muitos acessíveis. O rio sempre à espreita e o verde mesmo ali ao pé. Não há como não se render ao charme tranquilo de Liubliana.

Exemplo ambiental a seguir, a capital da Eslovénia é igualmente prova de versatilidade. Com um centro relativamente pequeno – e plano, portanto facilmente explorável a pé – renova-se da manhã para a noite, oferecendo novos motivos de interesse: o mesmo cenário nas margens do rio Lubljanica, repleto de esplanadas que se enchem de gente ao entardecer, acolhe feiras de artesanato e as bancas do mercado de frescos dão lugar a petiscos locais cozinhados à vista do cliente. Melhor ainda, os preços são muito acessíveis: um copo de vinho na esplanada, à noite, custa apenas 1,5€.

Quem procura saber mais sobre história ou arquitetura também encontra aqui motivos de muito interesse. Preservando cuidadosamente os seus edifícios barrocos, a cidade promove com orgulho as múltiplas construções assinadas pelo arquiteto Jože Plečnik – até há visitas guiadas à Liubliana de Plečnik –, falecido em 1957 e que deixou igualmente o seu traço em capitais como Viena ou Praga.

Do património edificado aos espaços e iniciativas verdes, Liubliana seduz e a sedução também paira no ar: é uma cidade com muito «boa onda», contagiante e que faz mesmo querer voltar.

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