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Swimrun: correr e nadar em ambientes inóspidos

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BinSwimRun
BinSwimRun, prova de natação e corrida realizada na barragem de Bin el Ouidane, em Marrocos.
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Hotel Chems du Lac, Bin El Ouidane
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Bin El Ouidane
Hassan Baraka ligou os cinco continentes a nado e correu sete maratonas em sete dias e em sete continentes.
Hassan Baraka foi o organizador do Bin Swimrun.

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Em setembro, na Suécia, decorreu o campeonato do mundo de swimrun. Estivemos em Marrocos para perceber a modalidade.

Hassan Baraka, mundialmente conhecido por ter ligado os cinco continentes a nado e por ter corrido sete maratonas em sete dias e em sete continentes, quis levar o desafio do swimrun para o seu país. Foi no meio da cordilheira do Atlas, no coração de Marrocos, que decorreu a primeira edição do Bin SwimRun, competição com origem na Suécia. A barragem de Bin El Ouidane foi o cenário escolhido para o duatlo (corrida e natação), que cativou 94 atletas. A ação aconteceu no fim de abril deste ano. Equipas de dois atletas participaram na prova, que se dividiu em duas – «experiência» (para quem estivesse disposto a percorrer 31 quilómetros no total) e «descoberta» (para quem preferisse fazer apenas 13 quilómetros).

A cidade mais próxima da barragem fica a 25 quilómetros e a aldeia que lhe dá o nome situa‑se um quilómetro a oeste. Por estes lados, veem‑se apenas algumas casas que se escondem na montanha e poucas tendas à beira da água, onde os pescadores se instalam, na esperança de encontrar as tão famosas carpas gigantes que habitam o lago.

O interesse turístico pela região começou há cerca de três anos, mas, ao contrário do que seria de esperar, o crescimento tem sido lento. Há três hotéis e alguns auberges e um local que oferece vários desportos náuticos e passeios de barco. Esqueça os cafés, restaurantes, bares e tudo o mais – deles não há qualquer vestígio nas redondezas.

Nas ilhas e montanhas deste lago, ovelhas e cabras deslocam‑se em busca das poucas ervas que crescem entre as pedras, sempre seguidas pelo pastor. Os berberes, povos naturais do Norte de África, encontram‑se ainda hoje ligados a uma agricultura de subsistência e à pastorícia. As casas de adobe onde habitam são simples, com chão de terra batida, e confundem‑se com o solo castanho, integrando‑se na paisagem.

É isto que fica de Bin El Ouidane: água e terra, planalto e montanha, céu e lago, azul e vermelho-barro. Isto para quem não vai competir. Para os atletas quase tudo se resume à competição. Que vai ser ainda mais a doer a partir de 4 de setembro, data do mundial da modalidade, o ÖTILLÖ SwimRun World Championship, que se realiza todos os anos na Suécia.

> otilloswimrun.com
> binelouidaneswimrun.com

Por Mafalda Magrini – Fotografias Adelino Meireles/Global Imagens

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