Publicidade Continue a leitura a seguir

Amesterdão tem uma solução para o excesso de turismo

Vejas as fotografias e descubra 12 razões que vão convencê-lo a visitar Amesterdão.
1. Museumplein Como o próprio nome indica, apesar de outras valências, são os museus que dão aura a esta praça. O magnífico Rijksmuseum, considerado o museu nacional de história e arte holandesa, o museu Van Gogh e o Stedelijk, dedicado à arte moderna, perfazem, nesta praça ligeiramente afastada da zona central da cidade, uma das maiores concentrações de obras artísticas a nível mundial.
2.Volendammer Vishandel A variedade multicultural da oferta gastronómica em Amesterdão é um facto, tal como a pouca tradição da cozinha holandesa. Há, no entanto, redutos que valem pela experiência, como o Volendammer Vishandel, no boémio bairro De Pijp. É uma peixaria que também vende pratos confecionados. A qualidade do arenque cru e da enguia fumada, servidos com cebola picada, são imperdíveis.
3. Vondelpark Mandado construir, em meados do século XIX, por um grupo de cidadãos e posteriormente oferecido à cidade, o Vondel é um jardim com cerca de 47 hectares de áreas de lazer distintas e cuidadosamente ajardinadas. Abriu em 1865 e é o maior dos mais de trinta parques da cidade. Situa-se no centro e o teatro ao ar livre é um dos seus maiores motivos de interesse, assim como uma escultura da autoria de Pablo Picasso. Recebe cerca de dez milhões de visitantes por ano.
4.Bicicletas para alugar Há mais de 800 mil bicicletas em Amesterdão e pedalar por estas ruas é um modo de vida. A rede viária está preparada para os veículos de duas rodas e não há visitante que resista à tentação de alugar uma destas “meninas” para passear junto aos canais. Reserve já a sua, visitando o site ou indo diretamente aos pontos de apoio, a curta distância da Estação Central. Aluguer diário desde 12 euros e programas à medida.
5. Jordaan É muitas vezes apontado como o bairro mais cool da cidade. Faz parte da zona das nove ruas e por aqui não faltam lojas de antiguidades, bares, restaurantes e galerias de arte. É uma zona residencial encostada ao centro e tem no canal Prinsengracht o principal ponto de referência.
6. Casa de Anne Frank Fica no bairro de Jordaan e, desde a sua abertura em 1960, recebeu mais de trinta milhões de visitantes. No primeiro ano foram nove mil pessoas a conhecer o espaço. Em 2015, o número de visitantes ultrapassou 1,2 milhões. Saiba mais sobre a impressionante história de vida desta criança judia e da sua família. Aconselha-se a compra online do bilhete para evitar prolongadas esperas. Grátis para crianças até aos nove anos; 4,50 euros para jovens entre os 10 e os 17; adultos a nove euros.
7. Sinagoga portuguesa Situada frente ao Museu da História Judaica, a sinagoga portuguesa pertence à mais antiga comunidade judaica na Holanda, fundada por judeus portugueses e espanhóis fugidos à Inquisição. A coleção de objetos existente é considerada das mais importantes. Entradas a 15 euros para adultos.
8. Brouwerij ‘t IJ Sendo a cerveja a bebida mais apreciada na Holanda, não surpreende a existência de dezenas de pequenas fábricas artesanais. A Brouwerij ‘t IJ é uma das mais famosas e está localizada perto do jardim zoológico. Instalada num moinho, é possível observar o processo de fabricação e degustar as várias cervejas, acompanhadas de petiscos bem confecionados. [Imagem: destinationthenetherlands.com]
9. Palácio real Câmara municipal desde 1655, este edifício na praça Dam (a principal de Amesterdão) tornou-se no palácio real no início do século XIX. Para os apreciadores de arte, a visita é quase obrigatória. Sumptuoso, a sua conceção foi inspirada nos palácios romanos. Fecha às segundas-feiras e sempre que são realizados eventos promovidos pela família real. Entrada: 10 euros.
10. Passeio pelo canal São cerca de duzentas as embarcações turísticas que navegam pelos canais de Amesterdão diariamente. Há empresas, como a Canal, que utilizam barcos elétricos com capacidade para o transporte de pouco mais de uma dezena de pessoas e em que o consumo de comida e bebida a bordo é permitido. Nestes, durante uma hora, o capitão é simultaneamente guia e anfitrião. Programas a partir de cinco euros por pessoa.
11. As nove ruas Nos canais principais, na zona central, há uma área que se notabiliza pelo requinte e peculiaridade do comércio, restauração e arquitetura - De negen straatjes ou as nove ruas. São inúmeros os pontos de interesse, desde a casa onde Anne Frank, escondida dos perseguidores nazis num anexo secreto durante dois anos, escreveu o seu famoso diário, até pequenos bares e restaurantes.
12. Mercado das Flores É sabido que as tulipas são imagem de marca da Holanda. Além dos campos, o melhor local para as apreciar e comprar é o Mercado das Flores de Amesterdão, o Bloemenmarkt. É o único mercado flutuante de flores do planeta e fica no centro da cidade, bem perto da Rembrandtplein. Há mais flores à venda, claro, mas se quiser levar bolbos na bagagem procure as embalagens com selo apropriado para passar na alfândega.

Publicidade Continue a leitura a seguir

Ao contrário de cidades como Barcelona, Veneza ou Dubrovnik – que criaram limitações para o número de turistas – Amesterdão seguiu outro caminho e decidiu adotar uma abordagem completamente diferente.

O cada vez mais popular destino holandês, que atrai mais de 14 milhões de visitantes por ano, tenta ser criativo e não proibitivo com as soluções para o excesso de turismo. «Somos uma cidade aberta e tolerante», disse Geerte Udo, diretora de turismo de Amesterdão, à Condé Nast Traveler. «Como poderiam imaginar-nos a dizer ‘Não é bem-vindo aqui!’?», perguntou.

Geerte Udo e a equipa do i amsterdam – que supervisiona o turismo da cidade – passaram os últimos dois anos a tentar levar subtilmente os turistas para longe das atrações mais populares, como o Red Light District e o Museum Quarter. Para o conseguirem, usaram os dados armazenados no chip dentro do City Card de Amesterdão – que dá acesso a várias atrações e transportes públicos gratuitos -, para analisar o comportamento dos turistas e encontrar maneiras de modificá-lo para facilitar o problema das filas e congestionamento em certas zonas da cidade.

«Conseguimos ver exatamente como essas pessoas se comportam», disse Udo. «Todas as pessoas chegam à cidade e vão para o Museu Van Gogh durante a manhã, e andam de barco nos canais à tarde».

A equipa do i amsterdam tentou, então, contornar esse padrão, sugerindo, por exemplo, às pessoas quando comprassem o City Card que fizessem um passeio de barco logo pela manhã para evitar multidões. Outra estratégia envolveu exibir um feed ao vivo a mostrar a fila nos lugares mais populares, como o Museu Van Gogh, encorajando os visitantes a deixarem a visita para mais tarde e experimentarem outro local.

Outras medidas incluíram dar diferentes nomes a certos lugares para chamar os turistas. A Zandvoort – que fica a cerca de 30 quilómetros do centro da cidade -, foi dado o nome de Praia de Amesterdão. Além disso, os transportes públicos para destinos mais distantes como este passaram a estar incluídos na oferta do City Card.

A tecnologia está também a desempenhar um papel importante na tentativa de redistribuir os turistas em Amesterdão. Uma nova aplicação chamada «Discover the City» envia alertas de notificações aos utilizadores quando uma atração está mais cheia do que o normal, sugerindo alternativas.

Um serviço alimentado por Inteligência Artificial para o Facebook Messenger também está em construção. Este irá analisar o perfil de uma pessoa e, em seguida, sugerir atividades interessantes para fazer na cidade com base nas suas publicações e gostos. Atualmente está apenas disponível em holandês, mas espera-se que uma versão em inglês esteja pronta no final de 2018.

«Não se pode fechar uma cidade», disse Geerte Udo. «Essa é uma solução a curto prazo. É preciso arranjar soluções para o futuro para que seja possível lidar e cooperar com os habitantes locais».

Excesso de turismo fecha a praia mais famosa na Tailândia


Veja também:
As 50 experiências de viagem para ter uma vez na vida
18 destinos na Europa que os turistas ainda não descobriram