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Viagens à «Islândia escondida» levam-no onde não há turistas

Saiba o que precisa de saber antes de visitar a Islândia, clicando nas setas. (Foto John Salvino em Unsplash)
1. A comida é extremamente cara Um bagel de salmão comprado num café custa cerca de 15 euros. Uma prato simples num restaurante comum custa cerca de 25 euros e uma refeição completa ultrapassa os 45 euros.
2. A água cheira mal, mas é potável A água na Islândia tem um odor muito sulfúrico - pense em ovos podres, por exemplo -, mas é totalmente potável e sem sabor.
3. Há turistas em todo o lado Nos últimos anos, a Islândia tornou-se um destino da moda, pelas suas maravilhas naturais. E com todas as pessoas a tentar ver os mesmo lugares, ou seja, há multidões um pouco por todo o lado.
4. Há muitos edifícios em construção O aumento do turismo impulsionou a indústria da construção, já que em Reykjavik há guindastes junto a muitas atrações.
5. No inverno, a luz solar é limitada, o que significa que é preciso planear as viagens a contar com isso No verão não é um problema, já que em certos meses, não chega a haver escuridão total. Mas no inverno, as horas de sol são poucas. Há muito para ver e descobrir na Islândia, mas muitas das atrações ficam a 45 minutos de distância - ou mais - umas das outras.
6. As casas de banho disponíveis são poucas e distantes umas das outras - e muitas delas são pagas O melhor é planear as suas idas à casa de banho antes de se fazer à estrada.
7. Passa-se muito tempo dentro de um carro Grandes distâncias são significado de muito tempo dentro de um carro ou de um autocarro.
8. As piscinas termais são más para o cabelo As águas termais são altas em sílica (ou dióxido de silício), o que, apesar de não ser prejudicial, é mau para o cabelo. A Blue Lagoon fornece condicionador para colocar no cabelo antes de dar um mergulho, e adverte que, caso não o coloque, pode ser difícil penteá-lo depois.
9. Não precisa de dinheiro Todos as lojas, cafés, restaurantes e atrações pagas aceitam cartões de crédito. Mesmo para comprar entradas nas casas de banho do Parque Nacional de Thingvellir pode usar o cartão de crédito.
10. Possivelmente não conseguirá ver as auroras boreais As auroras boreais são um fenómeno incrivelmente imprevisível. E para conseguir vê-las, é preciso que uma série de fatores trabalhem em conjunto, como a estação e o tempo. É recomendável uma estada de sete noites para ter mais probabilidades de as ver.
11. O clima é muito inconstante «Não gosta do tempo? Espere cinco minutos» é uma coisa real na Islândia. Vista-se em camadas, pois pode passar de ter calor para congelar apenas em alguns segundos.
12. É melhor reservar a entrada na Lagoa Azul com antecedência Sendo uma das atrações mais populares da Islândia, é recomendável comprar os bilhetes com bastante antecedência.

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A Islândia está na moda – é um facto. Foi um dos destinos de eleição de 2017, mas já imaginou uma Islândia sem multidões?

Em 2017, a Islândia ter recebido cerca de 2,3 milhões de turistas estrangeiros, contra os 130 mil visitantes anuais da década de 1980.

O país apostou fortemente no turismo para recuperar da rutura económica de 2008 – e, com isso, veio a multidão. Milhares de turistas na capital, Reiquejavique; na Lagoa Azul (Blue Lagoon); ao longo do Círculo Dourado (Golden Circle) ou em busca de uma foto das auroras boreais.

Mas poderá a Islândia continuar a oferecer aventura e descoberta?

Esta foi a pergunta que um islandês, um australiano e um escocês fizeram no início do ano. A resposta? A Hidden Iceland (que significa Islândia escondida), uma agência de viagens independente que se propõe levá-lo aos lugares mais conhecidos, mas com guias locais que sabem como fugir aos aglomerados de pessoas.

Dagny Stefansdottir, cofundador e islandês nativo, e alguns amigos juntaram-se para criar uma lista dos locais desconhecidos da Islândia; depois, associaram-se ao escocês Ryan Connolly, guia de glaciares e aventureiro que em 2017 visitou sozinho os cinco continentes, e ao geólogo australiano Scott Drummond para criar aventuras em que «não precisa de ser um atleta olímpico» para realizar, diz Connolly.

«Nas nossas viagens em que é necessário pernoitar garantem que, depois de uma longa caminhada pelo maior glaciar da Islândia, de uma ida a uma caverna de gelo ou de ficar acordado até tarde para conseguir encontrar uma aurora boreal, garantimos que tem uma cama quente para descansar», afirma o escocês. «Pessoalmente, não penso que dormir em tendas na Islândia seja uma boa ideia, exceto talvez no verão. Na primeira noite em que dormi numa tenda, acordei com o cérebro completamente congelado porque alguém não fechou o fecho durante toda a noite». «Queremos é que chegue perto das maravilhas naturais e tenha uma experiência única e pessoal» acrescenta. «Se quer ir numa aventura a um glaciar ou se prefere apenas tirar fotos de longe, nós resolvemos.»

Estas viagens pessoais estiveram a ser pensadas e trabalhadas nos últimos seis meses, mas a empresa só as apresentou oficialmente em novembro.

Mas será que é realmente possível ver algumas das maiores atrações da Islândia sem multidões?

A resposta é curta e um tanto óbvia: «é complicado». «Na tour Platinum Circle, passamos a manhã na Lagoa Secreta (a piscina natural mais velha da Islândia) e assistimos ao nascer do sol, fazendo um esforço para evitar os turistas. Levamo-lo até Jökulsárlón no primeiro dia, ao pôr-do-sol, quando ninguém lá está, ou no segundo dia ao nascer do sol pelo mesmo motivo. Os glaciares são populares na sua base, mas, graças à nossa experiência, somos capazes de levar os nossos clientes até algumas das partes mais obscuras».

HiddenIcelan diz incorporar os lugares chamados «imperdíveis», mas nos momentos certos, juntamente com um «elemento oculto» que não encontrará nos guias turísticos.

Saiba quais são as 12 coisas que precisa de saber antes de visitar a Islândia, na fotogaleria acima.

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