Guiné-Bissau, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe estão entre os 20 países africanos que mais facilitaram a entrada de turistas em 2018, segundo um relatório sobre hospitalidade da plataforma africana de viagens Jumia. Percorra a fotogaleria para conhecer a lista completa.

O relatório, que vai na sua terceira edição, coloca Cabo Verde (8.º) entre os 10 destinos africanos mais competitivos em 2018, atrás da Tunísia (7.º), Quénia (6.º), Namíbia (5.º), Marrocos (4.º), Seychelles (3.º), África do Sul (2.º) e Maurícias (1.º) e à frente do Botswana (9.º) e da Tanzânia (10.º).

A companhia de aviação estatal angolana TAAG foi uma das duas únicas empresas africanas a integrar o «top 10» das rotas mais lucrativas com a sua ligação Luanda-Lisboa, que rendeu 231,6 milhões de dólares (210,6 milhões de euros), de acordo com o mesmo estudo.

O relatório foi apresentado durante o África Hotel Investment Forum (AHIF), que decorre até 25 de setembro, em Adis Abeba, antecipando o Dia Mundial do Turismo, que se assinala na sexta-feira.

Globalmente, o relatório, que reporta ao ano de 2018, aponta que as viagens e o turismo contribuíram para 8,5% do Produto Interno Bruto (PIB) de África, o equivalente a 196,2 mil milhões de dólares (178,4 milhões de euros).

O continente africano foi a segunda região turística com o maior ritmo de crescimento médio (5,6%), a seguir à zona da Ásia-Pacífico, e acima do 3,9% de crescimento médio mundial. África recebeu 67 milhões de turistas internacionais em 2018, comparados com 63 milhões em 2017 e 58 milhões em 2016.

Durante a apresentação, Estelle Verdier, da plataforma Jumia, sublinhou os impactos esperados nas viagens dentro do continente africano da entrada em vigor do acordo para a criação de uma Zona de Comércio Livre em África (ACFTA). «Os governos têm de estar disponíveis para eliminar os vistos para os cidadãos africanos e promover campanhas de promoção dos seus destinos turísticos para atrair mais viajantes regionais», disse.

Marrocos e a África do Sul foram os principais destinos, com cerca de 11 e 10 milhões de chegadas anuais, respetivamente.

As políticas de facilitação de vistos, combinadas com a conectividade proporcionada pela sua plataforma regional de transportes tornaram a Etiópia no país com maior crescimento nas viagens, 48,6% em 2018, num valor estimado de 7,4 mil milhões de dólares (6,7 mil milhões de euros).

Os dados da Jumia revelam ainda um aumento do número de passageiros nos aeroportos africanos de 88,5 milhões em 2017 para 92 milhões em 2018, mas o «share» mundial do continente baixou de 2,2% em 2017 para 2,1% em 2018, tendência atribuída à forte concorrência de outras regiões como a Ásia.

A Emirates Airlines foi a companhia de aviação com maiores receitas no espaço aéreo africano, com ganhos de mais de 837 milhões de dólares (761,1 milhões de euros) com as rotas de Joanesburgo, Cairo, Cidade do Cabo e Maurícias. A rota africana mais rentável entre abril de 2018 e março de 2019 foi a de Joanesburgo (África do Sul)-Dubai, que gerou mais de 315 milhões de dólares (286,4 milhões de euros).

A companhia angolana TAAG e a sul-africana South African Airways foram as únicas duas companhias aéreas africanas a entrar a lista das 10 empresas aéreas com maiores receitas. Respetivamente, as duas companhias geraram 231,6 milhões de Luanda para Lisboa e 185 milhões entre a Cidade do Cabo e Joanesburgo.

Fundada em 2013, e com centros em Lagos (Nigéria) e Nairobi (Quénia), a Jumia é uma plataforma online pan-africana de viagens, que permite a comparação de preços e serviços de 25 mil hotéis e mais de uma centena de voos em África.

Com Lusa

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