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Millennials estão a viajar mais porque não conseguem comprar casa

Conheça as melhores cidades para os millennials viverem, nos slides seguintes.
10. Vancouver, Canadá O boom de startups em Vancouver ajudou a cidade a ficar no Top 10. Para além disso, há inúmeros festivais de música que animam os jovens. A sua política de imigração é muito boa e por isso recebeu uma ótima classificação.
9. Paris, França Boas pontuações nos critérios de «estilo de vida saudável» e «vida noturna». Para além disso, as pontuações relativas ao turismo foram muito altas. Poder ser uma surpresa para alguns, mas os preços da comida e cerveja são baixos.
8. Colónia, Alemanha Colónia não obteve grande pontuação no turismo, mas isso até poderá ser um ponto a favor para quem quiser mudar-se para a cidade. Forte justiça social e boa comida e bebida a um preço justo.
7. Lyon, França Segundo as pontuações, Lyon é uma ótima cidade para se viver. Estilo de vida saudável, velocidade da Internet rápida, várias opções de transporte disponíveis, e bom ambiente noturno colocam Lyon em sétimo lugar.
6. Barcelona, Espanha Barcelona pode não ter uma grande taxa de empregabilidade, mas o turismo, a comida, a cerveja e o estilo de vida saudável fazem a diferença. As tapas, a sangria e o ar fresco do Mediterrâneo resolvem «todos» os problemas.
5. Antuérpia, Bélgica Tem uma vida noturna animada e vários festivais de música. Para além disso, a velocidade da Internet é boa, e há várias lojas Apple (que por mais estranho que pareça influencia os Millennials quando escolhem uma cidade).
4. Lisboa, Portugal Lisboa tem sido muito falada nos últimos tempos e incluída nos destinos para viajar em 2017. Tem boas pontuações no que toca à comida, cerveja e transportes.
3. Munique, Alemanha Munique tem um ótimo desempenho na maioria dos critérios. a maioria das variáveis. A taxa de empregabilidade é alta e as oportunidades de abrir uma startup são muitas. A única surpresa é a fraca pontuação de festivais. O Oktoberfest pode ser um dos grandes festivais da Europa mas não equilibra outras cidades com melhores ofertas durante todo o ano.
2. Berlim, Alemanha Berlim obteve bons resultados na maioria dos critérios, mas a vida noturna da cidade ganha a todas as outras. A noite em Berlim não pára até de manhã.
1. Amesterdão, Holanda Amesterdão tem uma pontuação perfeita no critério de «LGBT-friendly»: a comunidade LGBT é bem vinda na cidade. Para além disso, as pontuações são altas no que toca ao turismo, startups, festivais e outras variantes sociais. A única pontuação mais baixa é no acesso à habitação, que acaba por ser difícil.

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A chamada geração Y – composta pelos millennials, os jovens do novo milénio – está a viajar mais, segundo os especialistas da indústria de viagens.

Uma possível razão é, segundo a empresa Contiki – especializada em turismo para os jovens entre os 18 e os 35 anos -, o facto de saberem que não têm dinheiro suficiente para investir e comprar uma casa.

Em 2017, a Contiki viu um aumento de 10% na despesa média dos seus clientes. Donna Jeavons, diretora de vendas e marketing, disse ao The Independent: «Acho que a urgência de comprar uma casa já não existe. O custo da compra – em particular o financiamento – pode tornar-se demasiado alto para muitos jovens nesta fase das suas vidas. E economizar para tal pode parecer algo bastante inútil».

«Em vez disso, os jovens estão a escolher ‘viver no momento’, já que estamos constantemente a ver muitos millennials a investir em experiências e não na construção ou compra de uma casa», acrescenta Donna Jeavons.

Outras empresas da indústria que se especializam na geração Y concordam. Chris Townson, diretor-executivo da U by Uniworld que lança seu primeiro «cruzeiro para millennials» em abril de 2018 – disse ao The Independent que também percebeu esta tendência: «Comprar uma casa está fora do alcance de muitos jovens nestas idades, e então deparamo-nos com um maior investimento em viagens e experiências de vida como uma tendência definitiva. O dinheiro está a ser investido em mais experiências de viagem e de melhor qualidade».

«Os nossos clientes estão a gastar significativamente mais em viagens do que as gerações anteriores. É bastante comum ver jovens a gastar 100 euros para ter acesso a clubes de praia, como o Nikki Beach, pois querem ter experiências de qualidade quando viajam», afirma Chris Townson.

O turismo de millennials é um setor em explosão, com as empresas de viagens a fazer esforços e a mudar para atrair ou conseguir responder às exigências de um público mais jovem. A cadeia Marriott foi a primeira a ligar-se a esta tendência, lançando, em 2015, a marca Moxy de hotéis – cujos quartos não têm telefones, mesas ou armários, mas sim boa conectividade à Internet e interiores «instagramáveis» (que fiquem bem no Instagram).

O operador turístico de aventura G Adventures realizou recentemente uma pesquisa com os seus viajantes millennials para estudar os seus hábitos. «Viajar tornou-se uma necessidade para os millennials», disse Brian Young, diretor-executivo da G Adventures ao The Independent. «Apesar de também desejarem economizar para uma casa, sabem que os gastos serão superiores aos de viajar. As pessoas estão a comprar casas, a casar-se e a ter filhos mais tarde, para que possam viajar mais enquanto são jovens».

Por isso, será que os millennials são mais esbanjadores do que as gerações anteriores a eles, comprando voos e brunchs, quando deveriam estar a poupar? Donna Jeavons, da Contiki, diz que é difícil resolver esta questão. «As viagens tornaram-se muito mais acessíveis ao longo dos últimos anos, e apresentam destinos que nunca foram uma possibilidade anteriormente», afirmou.

«Hoje em dia, é muito mais aceitável sair e ver o mundo antes de se estabelecerem definitivamente – além disso, ajuda a desenvolver muitas aptidões de vida e de trabalho», acrescentou. No entanto, Donna Jeavons não acha que os jovens estejam a colocar de parte completamente as suas esperanças de adquirir casa.

Foto Pablo Heimplatz, em Unsplash

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