Publicidade Continue a leitura a seguir

Banguecoque: o estranho silêncio da cidade que nunca dorme

A capital tailandesa está sujeita a fortes restrições de circulação (Foto: AFP/Jack Taylor)

Publicidade Continue a leitura a seguir

A vida noturna de Banguecoque, capital da Tailândia com mais de oito milhões de habitantes, está diferente desde este sábado.

As autoridades tailandesas decretaram a proibição da venda de bebidas alcoólicas em bares, casas noturnas e restaurantes como medida de restrição para conter o crescente número de casos de covid-19.

Em Banguecoque, onde foram detetados mais de 2.600 casos ativos, as autoridades da cidade agiram rapidamente e anunciaram um bloqueio parcial, vigor desde este sábado, dia 2.

Bares, estádios de boxe, ringues de luta de galos e casas de massagem e salões de beleza foram obrigados a encerrar temporariamente a atividade.

A Tailândia inicialmente parecia ter escapado do pior, registando pouco menos de 4.000 casos no total em novembro. Mas um surto no mês passado de dezembro num grande mercado de frutos do mar fez os casos crescerem em espiral, com infecções registadas em 53 das 77 províncias do reino.

As escolas públicas ficarão fechadas duas semanas, enquanto mais de uma dúzia de postos de controlo do coronavírus foram instalados em toda a cidade.

“Não queremos usar medidas extremas, como um bloqueio ou o recolher obrigatório, mas precisamos de um remédio mais forte para prevenir o novo surto”, justificou Taweesin Visanuyothin, porta-voz da equipa de combate à covid-19 da Tailândia.

As medidas causaram protestos entre proprietários de estabelecimentos comerciais, que fizeram expressar o seu desagrado nas redes sociais.
.
A economia da Tailândia foi duramente atingida pela covid-19 e está entre as mais afetadas no sudeste asiático devido à sua dependência do turismo e das exportações.