Publicidade Continue a leitura a seguir

O que comemos nas férias pode ser prejudicial para o ambiente: saiba porquê

Clique nas setas e tome nota dos alimentos que não deve comer durante o voo [Imagens: Shutterstock]
Alho e cebola – Antes de uma viagem de avião, tente evitar comer alimentos que lhe provoquem mau hálito, como alho ou cebola. No caso de ingerir este tipo de alimentos, pode sempre comer umas folhas de hortelã ou mesmo uma maçã crua para tentar suavizar o hálito desagradável.
Álcool – Para quem tem medo de andar de avião, beber álcool antes do voo pode parecer uma boa forma de relaxar o corpo (e a mente). Porém, ingerir bebidas alcoólicas nesta situação pode trazer mais malefícios do que benefícios. Os voos mais prolongados aumentam a probabilidade de criar coágulos sanguíneos em pessoas de alto risco e a desidratação provocada pelo consumo deste tipo de bebidas – juntamente com a desidratação provocada pelo próprio ato de andar de avião - pode aumentar ainda mais este mesmo risco.
Frutos secos – Estes alimentos podem ser o snack ideal para 'petiscar' durante o voo. Contudo, para quem tem problemas respiratórios, por exemplo, estes alimentos podem piorar este tipo de patologias durante o voo, também porque a bordo os níveis de oxigénio são mais reduzidos.
Café – Para a maioria das pessoas, beber café antes ou durante o voo é indispensável. De acordo com um estudo da revista Frontiers in Nutricion, de 2017, a cafeína pode funcionar como diurético, levando à perda de líquidos, sódio e potássio. Para além disto, pode ainda provocar dores de cabeça ou cãibras musculares. Será que quer passar o voo incomodado e a importunar os seus 'vizinhos' para ir à casa de banho?
Queijo azul – Este alimento pode ser um problema para quem tem alergia ao leite. No avião, uma vez que os níveis de oxigénio são mais reduzidos, as pessoas com este tipo de patologias ficam ainda mais vulneráveis a manifestações alérgicas.
Nozes e manteiga de amendoim – Caso esteja sentado ao lado de alguém alérgico a estes alimentos, há que ter cuidado para não abrir um saco de nozes, por exemplo, ao pé destes viajantes.
Salame – Este alimento é rico em histamina, por isso, se tem alergia a este composto, tome cuidado. A sua ingestão a bordo pode agravar as alergias nasais ou a sinusite, fazendo com que a descolagem e aterragem se tornem num verdadeiro pesadelo.
Água da torneira – As companhias aéreas costumam distribuir água engarrafada, mas o café e o chá são confecionados com água da torneira. Ainda que exista uma lei que exige que as companhias inspecionem os seus sistemas de transporte de água - pelo menos a cada cinco anos - para verificar a existência da bactéria E. coli, já foi descoberta água contaminada em dois aviões. Um conselho? Leve consigo uma garrafa de água e encha-a antes de embarcar, depois de passar pela segurança.
Bebidas com gás – No avião, os níveis de oxigénio são mais reduzidos, o que pode ser um risco para pessoas que sofrem de patologias pulmonares. De acordo com um estudo do European Respiratory Journal, 18% dos passageiros com doenças pulmonares têm dificuldade respiratória leve durante o voo. Para piorar este tipo de situações, a expansão de gás em altas altitudes pode aumentar a pressão sobre os pulmões. Por esta razão, deve evitar ingerir bebidas gaseificadas a bordo, uma vez que estas podem aumentar a formação de gases e, consequentemente, comprometer a respiração.
Chocolate negro – Assim como o café, também o chocolate negro contém cafeína, um componente que o pode deixar ansioso durante o voo.

Publicidade Continue a leitura a seguir

De acordo com um novo estudo, o que comemos durante as férias pode ser mais prejudicial para o meio ambiente do que os voos para o destino.

Segundo as conclusões de um relatório pedido pelo grupo de turismo ecológico Responsible Travel, os pacotes de férias com tudo incluído tendem a ser danosos para o ambiente, graças ao desperdício alimentar resultante deste regime de alojamento.

A análise foi levada a cabo por um grupo de cientistas da Universidade de Lund, na Suécia, e da Universidade de Queensland, na Austrália. Os especialistas verificaram a pegada de carbono em várias modalidades de férias, calculando as emissões relativas a alimentos consumidos, a alojamentos e a viagens.

A pesquisa ditou que, para uma viagem com a duração de dez dias com tudo incluído para o oeste de França, as emissões relativas a alimentos foram de cerca de 110 kg por pessoa e a viagem de avião foi de 102 kg. Já umas férias para três pessoas na Croácia (sem regime de tudo incluído) teve 58 kg de emissões por pessoa para os alimentos, contudo, a viagem, que incluiu voo, foi de 243 kg (uma vez que a distância é maior).

Para reduzir o desperdício alimentar, os responsáveis pelo estudo afirmaram que as empresas que organizam viagens deveriam oferecer produtos locais e sazonais à base de plantas aos viajantes e alojamentos alimentados por energias renováveis.

«Sabemos que temos que viajar menos de avião, mas esse não é o único colaborador significativo das emissões de carbono nas suas férias. A comida que come é uma fonte significativa e, por vezes, a maior fonte de CO2», frisou Justin Francis, fundador e CEO da Responsible Travel, citado pelo The Telegraph. «Para atingir a meta de carbono zero líquido em 2050, precisaremos de voar menos e de mudar o que comemos», acrescentou o responsável.

Percorra ainda a fotogaleria acima para conhecer os alimentos que não deve comer durante o voo.

Imagem de destaque: iStock